Coreia do Norte acusa americano de 'crimes' contra o país
Regime de Pyongyang anuncia que levará cidadão americano a julgamento na Suprema Corte sob a alegação de tentar "derrubar o governo" norte-coreano
Imagem divulgada pelo
governo da Coreia do Norte, juntamente com um comunicado, informa que os
soldados estão preparados para o combate contra a Coreia do Sul e Estados Unidos
- KCNA/Re
A Coreia do Norte anunciou neste sábado que vai
julgar um cidadão americano por “crimes” contra o estado. De acordo com uma
breve nota veiculada pela agência estatal KCNA, ele será levado à Suprema Corte
após a conclusão da investigação sobre o caso.
O acusado, Pae Jun-ho, que também tem nacionalidade sul-coreana, foi detido pelas autoridades da Coreia do Norte em novembro do ano passado. O regime afirma que Pae admitiu ter cometido “crimes com o objetivo de derrubar” o governo norte-coreano. Pyongyang, no entanto, não fornece mais detalhes sobre os alegados delitos cometidos pelo acusado.
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Segundo a imprensa sul-coreana, Pae entrou na cidade de Rason, no nordeste da Coreia do Norte, junto com outros cinco turistas nos primeiros dias de novembro de 2012. Como os Estados Unidos não têm relações diplomáticas com a Coreia do Norte, Washington solicitou a intervenção do consulado da Suécia em Pyongyang, que representa seus interesses no país, no caso. A Casa Branca ainda não se manifestou sobre as acusações do regime de Kim Jong-un.
O processo contra um cidadão americano é mais um capítulo no recente histórico de tensão entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos. A escalada de animosidade alcançou o seu auge depois do aumento das sanções da ONU contra o regime comunista, como punição pelo terceiro teste nuclear do país, realizado em fevereiro. Desde então, Pyongyang proferiu provocações quase diárias a Washington, chegando até a ameaçar os EUA com armas nucleares.
Histórico - A perseguição da Coreia do Norte a americanos em seu território, contudo, não é novidade. Nos últimos anos, Pyongyang deteve vários cidadãos americanos, que em todos os casos foram libertados após longas negociações. Em agosto de 2009, após a intervenção do ex-presidente Bill Clinton, o regime comunista libertou duas jornalistas americanas presas por entrada ilegal e condenadas a 12 anos de trabalhos forçados.
Um ano depois, o também ex-presidente Jimmy Carter obteve a libertação de Aijalon Mahli Gomes, um americano que fora multado em 600 mil dólares e sentenciado a oito anos de trabalhos forçados por também entrar ilegalmente na Coreia do Norte. Em maio de 2011, Pyongyang libertou Eddie Jun Young-su, americano de origem coreana, que fora detido em novembro do ano anterior sob a acusação de proselitismo.
O acusado, Pae Jun-ho, que também tem nacionalidade sul-coreana, foi detido pelas autoridades da Coreia do Norte em novembro do ano passado. O regime afirma que Pae admitiu ter cometido “crimes com o objetivo de derrubar” o governo norte-coreano. Pyongyang, no entanto, não fornece mais detalhes sobre os alegados delitos cometidos pelo acusado.
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O processo contra um cidadão americano é mais um capítulo no recente histórico de tensão entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos. A escalada de animosidade alcançou o seu auge depois do aumento das sanções da ONU contra o regime comunista, como punição pelo terceiro teste nuclear do país, realizado em fevereiro. Desde então, Pyongyang proferiu provocações quase diárias a Washington, chegando até a ameaçar os EUA com armas nucleares.
Histórico - A perseguição da Coreia do Norte a americanos em seu território, contudo, não é novidade. Nos últimos anos, Pyongyang deteve vários cidadãos americanos, que em todos os casos foram libertados após longas negociações. Em agosto de 2009, após a intervenção do ex-presidente Bill Clinton, o regime comunista libertou duas jornalistas americanas presas por entrada ilegal e condenadas a 12 anos de trabalhos forçados.
Um ano depois, o também ex-presidente Jimmy Carter obteve a libertação de Aijalon Mahli Gomes, um americano que fora multado em 600 mil dólares e sentenciado a oito anos de trabalhos forçados por também entrar ilegalmente na Coreia do Norte. Em maio de 2011, Pyongyang libertou Eddie Jun Young-su, americano de origem coreana, que fora detido em novembro do ano anterior sob a acusação de proselitismo.
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