Nem Cristo nem Judas: 10 perguntas para Levy
Joaquim Levy recebe hoje para uma conversa informal economistas que trabalham no mercado financeiro, os caras que são pagos para projetar do PIB ao buraco nas contas públicas, do câmbio à taxa de desemprego.
O bate-papo, que Levy pretende repetir com outros grupos, deve focar na agenda necessária para o País retomar o crescimento.
O ministro estará mais no espírito de ouvir do que falar, mas, em havendo tempo, a coluna sugere as seguintes perguntas.
***
1) As pedaladas fiscais deste ano são por absoluta falta de dinheiro e não por vocês acharem, como seus antecessores, que a Lei de Responsabilidade Fiscal tem a importância de um abajur. Devemos nos sentir melhores por isso?
2) Quando se trata de projetar a queda do PIB, todos aqui nesta sala nos sentimos um pouco que nem o BC e a inflação: correndo atrás da curva. Cá entre nós — só nós 20 — quanto você cravaria pro PIBinho este ano?
3) Quanto o Tesouro deve ao BNDES e aos demais bancos públicos? A dívida de verdade, não aquela oficial, que nem o TCU acredita.
4) Na Petrobras, o Bendine diz ter “mandato” para subir o preço da gasolina “se precisar”. Você já viu este mandato? É para brasileiro ou para inglês ver?
5) Neste debate sobre o BC e a Selic, quem você demitiria se pudesse?
6) A gente sabe que segurar o rojão do ajuste já é um ‘full-time job’, mas vai sobrar tempo e energia para colocar de pé uma verdadeira agenda de microrreformas? Desburocratizar, abrir a economia, unificar o ICMS…?
7) Você compraria ações da Petrobras? E, na renda fixa, mesmo que alguém estivesse apontando uma arma pra tua cabeça, você emprestaria ao BNDES em troca dos juros que ele paga ao FAT?
8) Por que o Governo não cria coragem, quebra um tabu, e faz o IPO da Caixa inteira, em vez de abrir apenas o capital da Caixa Seguridade? Não dá pra mostrar que a vigilância dos acionistas faz bem ao Banco do Brasil?
9) O que você prometeu às agências de risco para impedir o inevitável? (Isso é talento!)
10) Como você tá, cara? Algum risco de ficar gripado de novo?
Por Geraldo Samor
O bate-papo, que Levy pretende repetir com outros grupos, deve focar na agenda necessária para o País retomar o crescimento.
O ministro estará mais no espírito de ouvir do que falar, mas, em havendo tempo, a coluna sugere as seguintes perguntas.
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1) As pedaladas fiscais deste ano são por absoluta falta de dinheiro e não por vocês acharem, como seus antecessores, que a Lei de Responsabilidade Fiscal tem a importância de um abajur. Devemos nos sentir melhores por isso?
2) Quando se trata de projetar a queda do PIB, todos aqui nesta sala nos sentimos um pouco que nem o BC e a inflação: correndo atrás da curva. Cá entre nós — só nós 20 — quanto você cravaria pro PIBinho este ano?
3) Quanto o Tesouro deve ao BNDES e aos demais bancos públicos? A dívida de verdade, não aquela oficial, que nem o TCU acredita.
4) Na Petrobras, o Bendine diz ter “mandato” para subir o preço da gasolina “se precisar”. Você já viu este mandato? É para brasileiro ou para inglês ver?
5) Neste debate sobre o BC e a Selic, quem você demitiria se pudesse?
6) A gente sabe que segurar o rojão do ajuste já é um ‘full-time job’, mas vai sobrar tempo e energia para colocar de pé uma verdadeira agenda de microrreformas? Desburocratizar, abrir a economia, unificar o ICMS…?
7) Você compraria ações da Petrobras? E, na renda fixa, mesmo que alguém estivesse apontando uma arma pra tua cabeça, você emprestaria ao BNDES em troca dos juros que ele paga ao FAT?
8) Por que o Governo não cria coragem, quebra um tabu, e faz o IPO da Caixa inteira, em vez de abrir apenas o capital da Caixa Seguridade? Não dá pra mostrar que a vigilância dos acionistas faz bem ao Banco do Brasil?
9) O que você prometeu às agências de risco para impedir o inevitável? (Isso é talento!)
10) Como você tá, cara? Algum risco de ficar gripado de novo?
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