Governo trocará energia barata por mais segurança no abastecimento em novo plano
Usinas térmicas movidas a gás será prioridade da em detrimento de outras fontes de energia, como hidrelétricas e eólicas
Em termos práticos, segunda uma fonte que atua diretamente no planejamento, o governo vai concentrar esforços para contratar, no curto e médio prazos, usinas térmicas alimentadas a gás, em vez de outras fontes tradicionalmente mais baratas - como eólicas e até mesmo hidrelétricas. Isso não significa que as usinas movidas a vento e água deixarão de serem leiloadas. Trata-se, na realidade, de fortalecer a presença dos projetos térmicos em detrimento dos demais.
"Bocas de poço" - Para tentar reduzir o preço dessas usinas, a ideia é fazer leilões específicos para essa fonte, para evitar concorrência com outras térmicas. Serão ainda priorizados empreendimentos próximos aos gasodutos e de "bocas de poço" do gás, para reduzir os custos. A prioridade são empreendimentos previstos nos principais centros de consumo, localizados nas regiões Sudeste e Sul.
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Governo estuda vender geradoras e transmissoras de energia
O governo quer agregar térmicas maiores e mais modernas para substituir as térmicas mais antigas e caras, movidas a diesel e óleo combustível. A redução do custo de geração de energia seria, portanto, uma consequência da mudança na política de segurança energética, e não mais o objetivo principal. O parque de usinas termoelétricas acionadas atualmente soma pouco mais de 16.000 megawatts (Mw), dos quais apenas 10% têm um custo de geração acima de 600 reais por megawatt/hora (Mwh).
Redução de custo - O governo avalia que, se viabilizar a construção de térmicas a gás que somem 2.000 Mw, conseguirá reduzir o custo médio de geração de energia no curto e médio prazo. A ideia é sinalizar ao mercado que os reajustes das tarifas de energia em 2016 não serão como os deste ano, que, em alguns casos, atingem 50%. A tendência para o ano que vem será de manutenção dos preços.
De quebra, o governo conseguiria diminuir também o preço da energia no mercado de curto prazo (PLD), que penalizou as distribuidoras nos últimos dois anos, com a dependência de aportes do Tesouro Nacional e empréstimos bancários bilionários.
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