Ministro da Defesa diz que Brasil e EUA vivem 'nova fase' no setor
Jaques Wagner se encontrou em Washington com seu homólogo americano, Ashton Carter, para estreitar a cooperação militar entre os dois países
"Inauguramos hoje uma nova fase nas relações bilaterais na área de Defesa. Com os dois acordos em vigor traçamos uma agenda positiva de avanços na cooperação militar e tecnológica entre os dois países", afirmou Wagner. O Acordo Bilateral sobre Cooperação em Matéria de Defesa (Defense Cooperation Agreement - DCA) dá o sinal verde para a realização de treinamentos e cursos conjuntos, ao mesmo tempo em que facilitará as negociações comerciais de equipamentos e armamentos. Já o Acordo sobre Proteção de Informações Militares Sigilosas (GSOMIA) permitirá ao governo brasileiro a troca de tecnologia sem risco de desvio de informações confidenciais para terceiros.
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Os ministros também aproveitaram o encontro para discutir "os preparativos de segurança para as próximas Olimpíadas", que serão realizadas em 2016, no Rio de Janeiro. A aproximação entre Washington e Brasília possivelmente acarretará numa contribuição mais ativa dos americanos para garantir a segurança do evento.
Atritos - Ampliar a cooperação militar é uma forma de dar por superado outro mal-estar criado após as denúncias de espionagem. O governo brasileiro tinha um acordo de 4,5 bilhões de dólares (mais de 13,5 bilhões de reais) encaminhado com a americana Boeing para adquirir caças F-18, mas desfez o negócio ao selar a compra de 36 aviões da Suécia. As negociações pelas aeronaves já duravam mais de quinze anos.
No início deste mês, o Departamento de Estado americano indicou que o episódio está superado ao autorizar a venda para o Líbano de seis aviões Super Tucanos produzidos pela Embraer. As aeronaves brasileiras contam com peças e tecnologia americana e, por contrato, precisam de aval dos Estados Unidos para serem exportadas.
(Com agência EFE)
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