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Ministro da Defesa diz que Brasil e EUA vivem 'nova fase' no setor

Jaques Wagner se encontrou em Washington com seu homólogo americano, Ashton Carter, para estreitar a cooperação militar entre os dois países

O secretário de Defesa dos Estádos Unidos Ashton Carter (à esq.) se reúne com o ministro da Defesa do Brasil, Jaques Wagner no Pentágono - 29/06/2015
O secretário de Defesa dos Estádos Unidos Ashton Carter (à esq.) se reúne com o ministro da Defesa do Brasil, Jaques Wagner no Pentágono - 29/06/2015(AFP)
O ministro da Defesa, Jaques Wagner, declarou nesta segunda-feira que Brasil e Estados Unidos iniciaram uma "nova fase" no setor, informou o governo por meio de um comunicado. Wagner se reuniu em Washington com o secretário de Defesa americano, Ashton Carter, com quem estabeleceu o desenvolvimento de um projeto entre os dois países que inclui associação tecnológica e a busca de novos mercados. De acordo com a nota, Wagner e Carter lembraram a recente aprovação no Congresso brasileiro de dois acordos bilaterais em matéria de defesa e de proteção de informações militares, que tinham sido assinados em 2010.
"Inauguramos hoje uma nova fase nas relações bilaterais na área de Defesa. Com os dois acordos em vigor traçamos uma agenda positiva de avanços na cooperação militar e tecnológica entre os dois países", afirmou Wagner. O Acordo Bilateral sobre Cooperação em Matéria de Defesa (Defense Cooperation Agreement - DCA) dá o sinal verde para a realização de treinamentos e cursos conjuntos, ao mesmo tempo em que facilitará as negociações comerciais de equipamentos e armamentos. Já o Acordo sobre Proteção de Informações Militares Sigilosas (GSOMIA) permitirá ao governo brasileiro a troca de tecnologia sem risco de desvio de informações confidenciais para terceiros.
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"A aprovação dos acordos contribui significativamente para o processo da construção de confiança mútua, necessária para o aprofundamento das relações bilaterais na área de defesa", disse o ministro brasileiro. Wagner foi um dos ministros que acompanhou a presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos para reduzir as tensões diplomáticas após o escândalo de espionagem e potencializar o comércio bilateral. Para ele, o restabelecimento do diálogo entre os países "é algo positivo e relevante para a indústria da defesa", a qual o ministro acredita que poderá contribuir para equilibrar a balança comercial entre os dois países.
Os ministros também aproveitaram o encontro para discutir "os preparativos de segurança para as próximas Olimpíadas", que serão realizadas em 2016, no Rio de Janeiro. A aproximação entre Washington e Brasília possivelmente acarretará numa contribuição mais ativa dos americanos para garantir a segurança do evento.
Atritos - Ampliar a cooperação militar é uma forma de dar por superado outro mal-estar criado após as denúncias de espionagem. O governo brasileiro tinha um acordo de 4,5 bilhões de dólares (mais de 13,5 bilhões de reais) encaminhado com a americana Boeing para adquirir caças F-18, mas desfez o negócio ao selar a compra de 36 aviões da Suécia. As negociações pelas aeronaves já duravam mais de quinze anos.
No início deste mês, o Departamento de Estado americano indicou que o episódio está superado ao autorizar a venda para o Líbano de seis aviões Super Tucanos produzidos pela Embraer. As aeronaves brasileiras contam com peças e tecnologia americana e, por contrato, precisam de aval dos Estados Unidos para serem exportadas.
(Com agência EFE)

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