Não houve pedalada fiscal e sim operações autorizadas por lei, diz Barbosa
Ministro do Planejamento defende que operações em análise pelo TCU não são operações de crédito e, por isso, não ferem a Lei de Responsabilidade Fiscal
Nesta quarta-feira, o TCU adiou a votação do relatório que analisa as contas do governo de 2014 e deu prazo de 30 dias para que a presidente Dilma Rousseff explique indícios de irregularidades, entre eles, as chamadas pedaladas, que consistem no adiamento de repasses a bancos públicos para melhorar artificialmente as contas públicas.
Segundo Barbosa, as justificativas já foram apresentadas pelo ministro Luiz Inácio Adams, advogado da Advocacia Geral da União (AGU). "No nosso ponto de vista e segundo a lei, não são operações de crédito. Como o ministro Adams tem colocado, nem todo contrato em que incide juro são contratos de crédito e nem todo ativo de emissão financeira é um empréstimo", retrucou Barbosa.
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Barbosa disse que se, eventualmente, o governo for condenado a pagar os 25 bilhões de reais, a administração vai avaliar. "Não vou comentar uma decisão que ainda não foi tomada. Estamos confiantes que nossa interpretação segue o que determina a Lei de Responsabilidade Fiscal (LFR) e o que vem sendo feito no Brasil há muitos anos", defendeu-se Babosa.
O ministro do Planejamento negou que tenha deixado o governo em 2013 por discordar das pedaladas fiscais lideradas pelo então secretário do Tesouro Nacional Arno Augustin. Barbosa, à época, era o secretário-executivo do Ministério da Fazenda e sua saída do cargo se deu em meio a comentários de que ele divergia das manobras. "Saí do governo em 2013 porque naquele momento já havia trabalhado no governo há 10 anos. Achei que era melhor perseguir outros objetivos", respondeu Barbosa. "Como sou professor, decidi voltar para a academia", disse.
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