Em ano de ajuste fiscal, gastos com PAC já caíram 33%
Governo deixou de divulgar balanço quadrimestral do programa, como era feito desde 2011
Os recursos desembolsados para o programa foram reduzidos por causa do ajuste fiscal promovido pelo governo para reequilibrar as contas públicas. Com o atraso na aprovação do Orçamento, o governo definiu que todas as despesas de custeio e investimentos - incluídas as do PAC - ficariam limitadas à contratação mensal de um dezoito avos do previsto no Orçamento. Em maio, a equipe econômica ainda anunciou um contingenciamento de 69,9 bilhões de reais, sendo 25,7 bilhões de reais nos programas do PAC. Além disso, a Petrobras e a Eletrobras, responsáveis por tocar muitas obras do PAC, diminuíram os investimentos em 15%.
Sem recursos, o governo mantém em ponto morto o lançamento da terceira etapa do PAC, uma das promessas da presidente Dilma Rousseff durante a campanha eleitoral do ano passado. "Vamos lançar o PAC 3 e o Programa de Investimento em Logística 2. Assim, a partir de 2015, iniciaremos a implantação de uma nova carteira de investimento em logística, energia, infraestrutura social e urbana, combinando investimentos públicos e parcerias privadas", afirmou Dilma, na posse de seu segundo mandato.
Segundo fontes da área de infraestrutura ouvidas pelo jornal, as reuniões para discutir o PAC 3 pararam de acontecer em 2014. O Ministério do Planejamento nega que o projeto esteja parado. "Quanto à terceira fase do PAC, informamos que ela está em discussão e deverá ser consolidada em momento oportuno. Algumas ações prioritárias, integrantes da nova etapa, foram incluídas no Projeto de Lei Orçamentária de 2015", informou a pasta.
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