Defesa diz que Odebrecht foi alvo de 'flagrante preparado'
À Justiça, advogada Dora Cavalcanti afirma que houve 'interpretação maldosa' e que 'não faria sentido algum destruir mensagem já analisada pela PF'
Marcelo Odebrecht orienta destruição de e-mail em bilhete
"As anotações não continham o mais remoto comando para que provas fossem destruídas e que, à toda evidência, a palavra destruir fora empregada no sentido de desconstruir, rebater, infirmar a interpretação equivocada que foi feita sobre o conteúdo do e-mail", disse o ofício assinado pela advogada Dora Cavalcanti.
De acordo com ela, "abaixo das palavras 'destruir e-mail sondas' estão registrados os argumentos e fatos que deveriam ser invocados para elucidar o teor do dito e-mail apresentado como comprometedor" e, por isso, a palavra destruir teria o sentido de rebater os argumentos e construir uma tese de defesa sobre as suspeitas de irregularidades envolvendo contratos de sondas e a Petrobras.
"Por óbvio não faria sentido algum destruir mensagem que, ademais de apreendida pela Polícia Federal desde a Operação Juízo Final (7ª fase da Lava Jato) e já analisada na representação que fez eclodir a Erga Omnes (14ª fase da Lava jato)", diz a defensora.
Ao site de VEJA, Dora Cavalcanti disse ainda acreditar que a vazamento da mensagem de Marcelo Odebrecht pode ser uma "armação" para tentar incriminar o empreiteiro. "Há uma percepção de que a prisão de Marcelo não se sustenta. Houve uma interpretação torta e maldosa, uma leitura enviesada. Não faz sentido a Polícia entregar à defesa um bilhete que poderia ser uma prova e também não faz sentido haver uma suposta ordem para destruir um e-mail já apreendido pelos policiais".
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