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'Gastos públicos e despesas obrigatórias inibem confiança', diz Levy

Declaração de Levy foi dada após reunião com economistas. Participantes do encontro concordaram sobre importância de se manter rigor no ajuste fiscal

O ministro da Fazenda Joaquim Levy durante almoço com empresários em São Paulo - 12/06/2015
"Gasto público e as despesas obrigatórias talvez sejam os maiores inibidores da confiança no Brasil", diz Levy(Reuters)
Sem citar diretamente o projeto da Câmara que aprovou o mesmo índice que corrige o salário mínimo para aposentadorias e benefícios acima do mínimo, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou que "o gasto público e as despesas obrigatórias talvez sejam os maiores inibidores da confiança no Brasil". A declaração de Levy aconteceu após reunião com os economistas no ministério, nesta quinta-feira.
Sobre o desafio de reduzir o gasto público, Levy ressaltou a importância de evitar maiores despesas porque isso afeta a confiança do investidor. Durante a reunião, na sede da Pasta, o ministro disse que foram discutidas as questões fiscais e estruturais, além de itens de agenda.
Participante do encontro, o gerente-executivo de política econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, disse todos os presentes concordaram com a necessidade de persistir no ajuste fiscal. Segundo ele, os economistas falaram também sobre a importância de se trabalhar uma agenda microeconômica e retomar a confiança.
O economista disse também que os participantes relataram suas opiniões a respeito da meta de inflação e da meta fiscal, mas que, sobre esse tema, não houve consenso em relação a eventuais mudanças. Segundo ele, a indústria, particularmente, está muito preocupada com a necessidade de retomada na atividade econômica, mas entende que a recuperação da credibilidade fiscal é importante neste momento.
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O ex-diretor do Banco Central e chefe da divisão econômica da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlo Thadeu de Freitas, disse que Levy reiterou a necessidade de o país manter uma política fiscal rígida. "Por enquanto não se falou em mudar meta fiscal", disse, após deixar a sede do Ministério da Fazenda.
Diante da fraca arrecadação do governo, senadores relataram que a equipe econômica estava considerando a redução da meta para de superávit primário (economia para o pagamento de juros da dívida) de 2015, de 1,1% do PIB para 0,6% do PIB. Levy, no entanto, diz ainda ser "precipitado" fazer qualquer movimento sobre o assunto.
Já o economista-chefe do Banco Safra e ex-secretário do Tesouro Nacional, Carlos Kawall, comparou a reunião que o ministro da Fazenda com economistas de diferentes setores com o encontro trimestral que o Banco Central costuma ter com analistas financeiros no Rio e em São Paulo. "Foi uma conversa sobre conjuntura, PIB, inflação", disse.
(Com Estadão Conteúdo)

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