Putin diz que Kiev é responsável por derrubada de avião de passageiros
Para presidente russo, 'tragédia não teria acontecido' se Kiev não tivesse reiniciado ofensiva contra rebeldes
"Sem dúvida, o governo em cujo território isso aconteceu é responsável por essa terrível tragédia", disse Putin, de acordo com um comunicado. Na sequência explicou o raciocínio de culpar justamente o país que vem sendo alvo das suas ambições imperialistas, afirmando que nada disso teria acontecido se o governo do presidente ucraniano Petro Poroshenko não tivesse reiniciado a ofensiva contra os rebeldes no início de julho. "Essa tragédia não teria acontecido se houvesse paz nessa terra, ou se [Kiev] não tivesse reiniciado a ofensiva no sudeste da Ucrânia", afirmou, como se o normal fosse que os ucranianos observassem seu país se esfacelar sem oferecer nenhuma resistência.
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O presidente expressou condolências aos familiares das vítimas e afirmou ainda que deu instruções aos militares do país para que ajudem na "investigação do crime". Por fim, disse que "ninguém tem o direito de tirar conclusões sem informações objetivas do incidente". Nós últimos meses, o governo da Ucrânia acusou a Rússia de enviar agentes para o leste do país e fornecer munição, armas antiaéreas e até tanques para os rebeldes.
Além do discurso distorcido de Putin sobre a tragédia, a imprensa russa também chegou a divulgar uma tese estapafúrdia de que o alvo do míssil teria sido a aeronave que levava o presidente russo de volta a Moscou, depois de uma visita ao Brasil para participar da Cúpula dos Brics.
No total, a aeronave da Malaysia Airlines que ia para Kuala Lumpur, na Masália, levava 280 passageiros e quinze tripulantes. Autoridades ucranianas afirmaram que o voo MH-17 foi derrubado por um sistema antiaéreo Buk, também conhecido como SA-11.
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