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Tesouro capta US$ 3,5 bilhões com emissão de dívida

Papéis têm prazo de vencimento de 30 anos e taxa de retorno ao investidor de 5,13%

Tesouro
Aumento de investimentos estrangeiros no Brasil é influenciado por alta dos juros
O Tesouro Nacional captou no mercado internacional nesta quarta-feira 3,5 bilhões de dólares em títulos da dívida externa com prazo de vencimento de 30 anos, o Global 2045. Na operação, o Tesouro aceitou como pagamento títulos antigos. O Global foi vendido com uma taxa de retorno ao investidor de 5,131% ao ano - a segunda mais baixa da história. O spread da operação foi de 187,5 pontos-base sobre a taxa dos títulos do Tesouro americano (Treasuries). O preço do papel ficou em 97,992% do seu valor de face.
O resultado da troca só será divulgado na quinta-feira. O Tesouro informou ainda que a oferta poderá ser estendida ao mercado asiático em até 50 milhões de dólares, nas mesmas condições. A avaliação é de que a operação atingiu o seu objetivo.
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Uma fonte a par do assunto informou que, do montante total, 1,5 bilhão de dólares foi uma captação líquida que entra no caixa do Tesouro em 1º de agosto. Os 2 bilhões restantes serão usados para recompra de papéis. Atualmente, há no mercado 11,9 bilhões de dólares em títulos vencendo em 2024, 2025, 2027, 2030, 2034, 2037 e 2041.
Em outubro passado, o Tesouro fez uma operação semelhante, recomprando o equivalente a 2,192 bilhões de dólares em bônus emitidos com vencimentos entre 2017 e 2030, usando parte dos novos bônus emitidos como forma de pagamento.
Ao todo, naquele momento o país emitiu 3,25 bilhões de dólares em novo bônus com vencimento em janeiro de 2025.
O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, já havia afirmado que o governo analisava lançar bônus em dólares com prazo mais longo, de 30 anos, e que uma emissão de títulos em iene continuava em perspectiva. Segundo uma fonte que pediu anonimato, apesar de a emissão em iene não ter sido concretizada ainda, ela não saiu do radar.
Os mandatários desta emissão foram Deutsche Bank, Itaú BBA e Bank of America Merrill Lynch. A última vez que houve incursão do governo no mercado internacional foi em março, com a emissão de 1 bilhão de euros em novo bônus com vencimento em 1º de abril de 2021.
(Com Estadão Conteúdo)

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