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Irã nuclear: negociações são estendidas por 4 meses

Diante da incapacidade de se fechar um acordo definitivo, negociadores concordam em prosseguir com conversas até o final de novembro

O chanceler iraniano, Mohamad Javad Zarif, em entrevista coletiva em Viena
O Ministro de Relações Exteriores do Irã, Mohamad Javad Zarif, em entrevista coletiva em Viena 
O Irã, os Estados Unidos e outros cinco países envolvidos na negociação sobre o futuro do programa nuclear iraniano decidiram manter as conversas por mais quatro meses. O prazo inicial terminaria neste domingo, mas o único ponto em que houve concordância foi sobre a necessidade de continuar tentando reduzir as diferenças.
Estados Unidos, Grã-Bretanha, Alemanha, China e Rússia querem que o Irã desmantele seu programa de enriquecimento de urânio, mas o país persa oferece apenas um congelamento das operações nos níveis atuais por um período limitado de tempo. O discurso iraniano é que o programa tem fins pacíficos. Na prática, contudo, a República Islâmica tem enganado os inspetores estrangeiros enquanto desenvolve uma bomba atômica às escondidas.
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Há dias já havia sinais de que não haveria acordo dentro do prazo estipulado depois de um acordo preliminar temporário fechado em novembro passado, pelo qual o Irã se comprometeu a suspender seu programa nuclear em troca da retirada de sanções pelas potências. A extensão do prazo foi acertada depois de dezesseis dias de encontros em Viena. As negociações devem ser retomadas apenas em setembro.
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Entre as questões que seguem emperrando o avanço rumo a um pacto definitivo está determinar até onde pode ir a capacidade produtiva de combustível nuclear do país. O Irã quer defende a manutenção de uma capacidade “robusta” de enriquecimento como condição para qualquer acordo, enquanto as potências querem assegurar que o país não terá nenhuma capacidade para produzir armas nucleares. Um diplomata consultado pelo jornal The Washington Post afirmou que a estratégia ocidental é circunscrever a capacidade nuclear do Irã a um ponto que torne muito difícil a fabricação de armas. No entanto, essa solução, se for alcançada, não seria uma garantia absoluta de que o país nunca terá uma bomba atômica

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