Separatistas pró-Rússia entregam caixas-pretas de avião
Equipe da Malásia recebeu equipamentos em região autoproclamada independente pelos rebeldes, que ainda exigiram assinatura de protocolo
Rebeldes pró-Rússia entregaram as duas caixas-pretas do voo MH17 da Malaysia Airlines ao Conselho de Segurança Nacional da Malásia, em Donetsk (EFE)
O avião da Malaysia Airlines ia de Amsterdã, na Holanda, para Kuala Lumpur, na Malásia, quando foi atingido por um míssil disparado da zona controlada pelos separatistas. Quase 300 pessoas estavam a bordo.
O coronel Mohamed Sakri, do Conselho de Segurança Nacional da Malásia, afirmou que os equipamentos estavam “intactos, apesar de um pouco danificados, mas em boas condições”, segundo declaração reproduzida pelo jornal britânico Daily Telegraph.
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Um chefe dos rebeldes, Alexander Borodai, comandou a entrega em um quartel general da autoproclamada República Popular de Donetsk, e ainda fez os representantes da Malásia assinarem um papel que seria um ‘protocolo’ do procedimento. Borodai voltou a negar que os separatistas tenham abatido a aeronave, e apontou para a Ucrânia, que "tem a capacidade técnica e o motivo".
Os separatistas também anunciaram um cessar-fogo em um raio de dez quilômetros ao redor do local da queda da aeronave, para permitir que investigadores internacionais possam ter acesso à área. No dia seguinte ao desastre, um grupo da Organização para Segurança e Cooperação na Europa tentou chegar ao local, mas foi barrado por grupos armados.
Os corpos das vítimas do voo MH-17 foram retirados do local da queda do avião. Um ‘trem da morte’ levou os restos mortais de Torez, no território controlado pelos rebeldes, para a Carcóvia, cidade localizada cerca de 300 quilômetros a noroeste e sob comando do governo ucraniano. De lá, os corpos devem ser transferidos para a Holanda, onde especialistas vão realizar as análises necessárias para a identificação, independente da nacionalidade das vítimas.
Vídeo mostra rebeldes separatistas com uma das caixas-pretas
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