Voo MH-17: Holanda inicia investigação por crimes de guerra
Promotor público holandês foi enviado à Ucrânia em busca de informações. Primeiro-ministro, rei e rainha tiveram encontro com parentes das vítimas
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O país diz estar agindo com base no Direito Criminal Internacional, que permitira o país a processar qualquer indivíduo suspeito de cometer um crime de guerra contra um cidadão holandês. Nesta segunda, o presidente Barack Obama criticou os obstáculos impostos por separatistas pró-Rússia ao trabalho de investigação no local da queda da aeronave e pressionou a Rússia a agir. O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, também cobrou ações do Kremlin. “Está claro que a Rússia precisa usar sua influência sobre os separatistas para melhorar a situação em terra”, disse Rutte ao Parlamento.
“Se nos próximos dias o acesso aos destroços do desastre aéreo permanecer inadequado, então todas as opções políticas, econômicas e financeiras estarão na mesa contra aqueles que direta ou indiretamente são responsáveis por isso”, acrescentou o premiê. As declarações representam uma mudança de postura do governo holandês, que inicialmente evitou culpar diretamente a Rússia. Rutte foi extremamente cauteloso na sexta-feira, ao dizer que ainda não estava convencido de que o avião havia sido abatido por um míssil. “Parece que o MH-17 foi derrubado, mas não temos informações exatas sobre o que causou esse desastre”.
Se a tragédia atingiu tantas famílias na Holanda – 193 cidadãos do país estavam a bordo do voo MH-17 – o governo também sabe a importância da Rússia para a economia. O país é o segundo maior fornecedor de combustível da Holanda e um dos principais destinos para as exportações. O crescimento da consternação nacional com o desastre contribuiu para a mudança de tom.
Aos parlamentares, Rutte não só urgiu Moscou a colaborar com as investigações, como também prometeu à população que “não faltarão medidas” judiciais contra aqueles que forem confirmados como responsáveis pela queda da aeronave da Malaysia. Nesta segunda, o premiê se encontrou com parentes de algumas das vítimas do desastre aéreo. O rei Willem-Alexander e a rainha Máxima Zorreguieta também estiveram presentes no encontro, no qual foi discutido qual homenagem será prestada aos mortos.
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