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EUA divulgam evidências de que a Rússia treinou rebeldes que derrubaram avião

Fotos da inteligência americana mostram campo de treinamento russo próximo à fronteira com Ucrânia, além de veículos militares e baterias antiaéreas na área

O governo dos Estados Unidos divulgou na noite desta terça-feira imagens de satélite e outras provas que demonstram que a Rússia treinou e equipou os separatistas ucranianos apontados como responsáveis pela derrubada do avião da Malaysia Airlines com 298 passageiros a bordo, reporta o jornal americano The Washington Post (WP) nesta quarta-feira. Os EUA sustentam, além disso, que a Rússia seguiu fornecendo tanques, lança-foguetes e outras armas à Ucrânia mesmo depois da queda do avião malaio na quinta da semana passada.
Segundo o jornal americano, funcionários da inteligência americana citaram como algumas das evidências dados de sensores que seguiram a trajetória do míssil que provavelmente derrubou o avião malaio, marcas de estilhaços na aeronave, análise de conversas dos rebeldes e fotos publicadas nas redes sociais.
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As fontes disseram que os EUA detectaram, justamente quando aconteceu o incidente com o avião malaio, o lançamento de um míssil terra-ar na zona do leste da Ucrânia, região controlada pelos rebeldes pró-russos. Segundo o jornal, os funcionários também apontaram pela primeira vez uma instalação militar perto da cidade russa de Rostov como o ponto central do respaldo de Moscou aos separatistas na Ucrânia. O Washington Post destacou que as fontes citadas descreveram a instalação como um centro de treinamento e armas que cresceu de forma considerável no último mês.
A CIA e outras agências de inteligência dos EUA continuam examinando os dados sobre a queda do avião, mas os funcionários dizem que as provas colhidas nos cinco dias desde o desastre já são suficientes para apontar os separatistas pró-russos no leste da Ucrânia como autores do ataque. Por outro lado, a comunidade de inteligência americana descarta que forças ucranianas fiéis à Kiev sejam responsáveis pelo ataque – teoria defendida pelos rebeldes. Três funcionários de inteligência falaram em condição de anonimato nesta quarta com um grupo reduzido de meios de comunicação e indicaram que a Rússia tenta manipular informações para divulgar sua versão da história. "Este parece novamente um caso típico de tentar culpar as vítimas", afirmou um dos funcionários citado pelo jornal americano.


Erro – Os Estados Unidos garantem desconhecer as identidades ou até as nacionalidades das pessoas que lançaram o míssil que derrubou a aeronave da Malaysia Airlines. A espionagem americana também não chegou a uma conclusão sobre o possível motivo do ataque, mas funcionários da inteligência também mencionaram que os rebeldes poderiam ter derrubado o avião por erro por carecer do treino suficiente para distinguir um alvo militar de um avião civil.
Disseram, além disso, não saber antes do ataque ao avião malaio que o sistema de lançamento de mísseis Buk, conhecido como SA-11 Gadfly na terminologia da Otan, estava na Ucrânia e asseguraram crer que foi esse sistema que derrubou o avião. "Existe um caso sólido que foi um SA-11 disparado do leste da Ucrânia no meio de condições criadas pela Rússia", disse um alto funcionário de inteligência citado pelo Wall Street Journal (WSJ). Segundo o WSJ, um dos principais objetivos da apresentação de hoje foi "não permitir que a narrativa russa" se imponha como a verdadeira.

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