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Aiatolá pede que muçulmanos defendam e armem palestinos

Ali Khamenei, líder religioso iraniano, acusou Israel de 'genocídio' e chamou o país hebreu de 'cão raivoso'. Israel bombardeia central elétrica na Faixa de Gaza

O Líder Supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, peneirou os candidatos à eleição
O Líder Supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei (Reuters)
O guia religioso supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, acusou nesta terça-feira Israel de estar cometendo um "genocídio" em Gaza e pediu ao mundo islâmico que arme os palestinos para lutar contra os iraelenses, reporta a rede CNN. "Um cachorro raivoso, um lobo ganancioso (...) está atacando pessoas inocentes, crianças que perderam a vida. O que os líderes do regime sionista estão fazendo é um genocídio, uma catástrofe histórica", declarou Khamenei em um discurso coincidindo com o fim do Ramadã – o período religioso em que os muçulmanos jejuam e rezam durante o dia.
"O presidente americano Barack Obama lançou uma campanha para desarmar a resistência palestina para que não possa responder a estes crimes. Nós dizemos o contrário: o mundo inteiro, e em particular o mundo islâmico, precisa armar o máximo possível o povo palestino", acrescentou Khamenei, líder máximo iraniano. Em uma conversa com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, Obama afirmou que qualquer solução de longo prazo do conflito entre israelenses e palestinos passa por "desarmar os grupos terroristas e desmilitarizar Gaza".
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O Irã não reconhece a existência de Israel e apoia os grupos islamitas palestinos Jihad Islâmica e Hamas, contra o qual os israelenses lançaram no dia 8 de julho uma ofensiva em Gaza que já deixou mais de 1.100 palestinos mortos, em sua maioria civis, assim como mais de 50 soldados israelenses. As autoridades iranianas dizem ter entregado aos palestinos a tecnologia para fabricar os mísseis utilizados nos disparos contra cidades israelenses.
Usina de energia – A única central elétrica da Faixa de Gaza ficou fora de funcionamento após bombardeios do exército israelense, anunciou nesta terça o diretor-adjunto da autoridade de Energia do reduto palestino. Os mísseis israelenses danificaram o gerador e atingiram as reservas de combustível, provocando um incêndio, disse Fathi al-Sheikh Jalil.
Um jornalista da agência France-Presse confirmou que grandes incêndios na área da central de energia impediam o acesso dos veículos de auxílio e prejudicaram o fornecimento de energia da Faixa de Gaza. A usina bombardeada fornece cerca de 30% do consumo de eletricidade de Gaza. Além disso, segundo Jalil, "cinco das dez linhas elétricas provenientes de Israel para abastecer a Faixa de Gaza foram atingidas pelos bombardeios israelenses, e os serviços de manutenção não conseguem ter acesso à zona para consertá-las".


Novos ataques – Pelo menos dezesseis palestinos morreram e 65 ficaram feridos nos últimos e intensos bombardeios aéreos do Exército israelense sobre as regiões central e sul da Faixa de Gaza, entre os quais um dos alvos era a casa do líder do Hamas no território palestino, Ismail Haniyeh, que saiu ileso. Durante a última noite e as primeiras horas desta terça-feira, aviões militares israelenses, com o apoio de tanques, intensificaram seus bombardeios sobre a região, principalmente na Cidade de Gaza. Fontes de segurança palestinas detalharam que caças israelenses lançaram panfletos sobre a capital e iluminaram a escuridão da noite com explosivos luminosos enquanto os blindados seguiam sua ofensiva por terra. Grandes explosões foram vistas a oeste da Cidade de Gaza.
O Exército israelense informou, em comunicado, que atacou setenta "posições terroristas" em todo o território palestino durante as últimas operações noturnas em Gaza, entre elas dois centros utilizados para o comando e o controle das ações do Hamas, além de quatro armazéns de armas escondidos em mesquitas, plataformas para o lançamento de foguetes escondidas perto de uma mesquita e um túnel para uso ofensivo.
No começo do dia, um novo comunicado militar israelense acrescentou que as Forças de Defesa de Israel (IDF, sigla em inglês) atacaram infraestruturas da tesouraria do Hamas, "responsável pelo financiamento e pela administração de ações terroristas na Cidade de Gaza". A IDF notificou que conseguiu atingir instalações utilizadas para a confecção de material de propaganda do Hamas e da emissora de televisão al Aqsa, acusada pelo Estado judeu de incitar a população palestina contra Israel.
(Com agências Reuters, EFE e France-Presse

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