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Ucrânia

Presidente ucraniano oferece cargo a opositor, que recusa

Para Arseniy Yatsenyuk, presidente não está mais em condições de ditar os termos de um acordo

O presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovych (segundo à esq), reúne-se com opositores em Kiev
O presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovych (segundo à esq), reúne-se com opositores em Kiev
(Atualizada às 23h20)
Em uma tentativa de acabar com os protestos no país e ainda se manter no poder, o presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovych, ofereceu a opositores cargos no governo. Mas a proposta foi rejeitada. A oposição, que se manifesta contra o governo desde novembro, exige que o presidente deixe o poder.
O chefe do partido Fatherland, Arseniy Yatsenyuk, a quem foi oferecido o cargo de primeiro-ministro, avisou pelo Twitter que não haveria acordo. O Fatherland é o partido da adversária de Yanukovych, a ex-premiê Yulia Tymoshenko, que está presa. “Nós estamos acabando o que começamos. O povo decide quem são nossos líderes, não você”, acrescentou Yatsenyuk, segundo o jornal The New York Times. Ao ex-campeão mundial de boxe Vitali Klitschko o cargo de vice-primeiro-ministro de Assuntos Humanitários. Klitschko comanda o partido Udar e é membro do Parlamento ucraniano.
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Mais tarde, ao falar para os manifestantes e também em entrevistas, Yatsenyuk reforçou que o presidente não está mais em posição de ditar os termos de um acordo. E citou as condições da oposição, como a libertação de Tymoshenko – acusada legitimamente de corrupção, mas alvo de uma condenação política. E também a reconsideração dos acordos políticos e de livre-comércio com a União Europeia.
As manifestações na Ucrânia começaram em novembro, exatamente depois que o governo rejeitou um acordo para aproximar o país da União Europeia e reforçou os laços com a Rússia. Os protestos se radicalizaram na semana passada após a adoção de leis controversas, que preveem penas mais severas para quem protestar contra o governo. A oferta de Yanukovych vem depois dessa nova onda de conflitos, que deixou ao menos quatro mortos – a oposição fala em cinco vítimas – nesta semana.

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