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Protesto violento faz Dilma convocar reunião de emergência

Presidente vai se reunir com os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), Celso Amorim (Defesa) e Aldo Rebelo (Esportes) para traçar estratégias na tentativa de evitar que protestos cheguem ao ápice durante a Copa

A presidente Dilma Rousseff discursa no Fórum Econômico Mundial, em Davos, nos Alpes Suíços
A presidente Dilma Rousseff discursa no Fórum Econômico Mundial, em Davos, nos Alpes Suíços (/Reuters)
Em viagem ao exterior, a presidente Dilma Rousseff convocou uma reunião de emergência para quando retornar ao Brasil. A decisão foi tomada depois que um manifestante foi baleado pela Polícia Militar de São Paulo neste sábado, durante um protesto contra os gastos da Copa.
A intensão de Dilma é traçar uma estratégia de emergência para evitar que os protestos cresçam e atinjam o ápice durante o Mundial. Foram convocados para a reunião os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), Celso Amorim (Defesa) e Aldo Rebelo (Esportes). De acordo auxiliares da presidente, Dilma foi informada de que os protestos contra a Copa feitos no sábado foram violentos, com pessoas feridas, depredações e ondas de vandalismo. A presidente, então, convocou a reunião para a volta ao Brasil, segundo informações do jornal O Estado de S.Paulo.
O ministro da Justiça está em férias. De acordo com sua assessoria, ele deve retornar ao trabalho nesta terça-feira. E já encontrará uma série de demandas envolvendo a segurança da Copa, maneiras de evitar que os tumultos se espalhem pelo País e formas de conter a ação violenta contra as manifestações por parte das polícias estaduais.
Tiros - No sábado, o manifestante Fabrício Proteus Nunes Fonseca Mendonça, de 22 anos, foi baleado no tórax e na virilha por policiais militares na Rua Sabará, em Higienópolis, região central de São Paulo. Ele segue internado em coma induzido.
De acordo com a PM, Fabrício fugiu de uma averiguação e atacou um dos policiais. Eles teriam pedido para revistar a mochila do rapaz, onde acharam um artefato explosivo. A corporação afirma que Fabrício, então, tentou fugir. Quando era perseguido, segundo a PM, sacou um estilete que estava no bolso da calça, voltando-se contra os policiais, e acabou baleado.
Testemunhas afirmam que o rapaz não reagiu.  A família de Fabrício afirma que ainda tenta descobrir o que de fato aconteceu.  Segundo a polícia, ele seria um integrante do grupo black bloc. O irmão de Fabrício diz que ele trabalha como estoquista e que frequenta protestos com regularidade. Na página dele do Facebook, entre os perfis preferidos, está a Black Bloc SP.
Apuração - O defensor público Carlos Weis, coordenador de direitos humanos da Defensoria Pública de São Paulo, acompanha o caso. Outro defensor estava no local por acaso e conversou com pessoas que filmaram o rapaz baleado. "Segundo os relatos, havia três policiais contra uma pessoa com arma branca. É evidente que havia outros meios menos letais de resolver a situação."
De acordo com relatos, Fabricio foi resgatado pela própria PM, contrariando resolução do governo do Estado, que veta a prática. O porteiro de um prédio chegou a pedir uma ambulância, que teria chegado minutos após os policias levarem o rapaz ao hospital. O caso está sendo investigado a pela Corregedoria da Polícia Militar e pela Polícia Civil.

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