Morsi é colocado em jaula durante julgamento no Egito
Presidente é levado a audiência junto de 19 membros da Irmandade Muçulmana no Cairo
CAIRO - O presidente deposto do Egito, Mohamed Morsi, foi levado a um tribunal do Cairo nesta terça-feira, 28, onde é julgado por ter fugido da prisão onde era mantido junto de outros líderes da Irmandade Muçulmana, em 2011. Durante a audiência, o presidente foi colocado numa espécie de jaula, de onde gritava contra os promotores e o juiz.
"Quem são vocês? Vocês sabem quem eu sou?", disse, muito agitado, o único presidente democraticamente eleito da história egípcia, que questionou o porquê de estar ali. " Eu sou o presidente do Egito!"
Morsi e outros 18 membros da Irmandade Muçulmana, entre eles o líder supremo Mohamed Badie, compareceram à audiência de uniforme branco e viraram de costas para o juiz enquanto as acusações eram lidas. No total, 132 membros do grupo serão julgados por diversos crimes, entre eles a morte de manifestantes em protestos em 2012
Nos 30 minutos de imagens gravadas transmitidas pela televisão estatal, Morsi protestou por estar dentro de uma jaula no tribunal, onde é julgado pela grande fuga de prisioneiros em 2011, quando ele mesmo escapou da prisão.
O ex-presidente é acusado de espionagem, pelo assassinato de guardas e por fugir da prisão durante os tumultos que levaram à queda do ex-presidente Hosni Mubarak. Segundo o Judiciário egípcio, ele contou com a ajuda de milícias palestinas e libanesas para sair da prisão, acusações que podem levá-lo a uma sentença de pena de morte.
Autoridades dizem que as fugas de prisioneiros foram parte de um esforço organizado para desestabilizar o país. Grupos de direitos humanos pediram uma investigação independente sobre os eventos caóticos e responsabilizam a polícia pela confusão. Um advogado da Irmandade Muçulmana, grupo do qual Morsi faz parte e que voltou a ser considerado ilegal pelo governo egípcio após a tomada do poder pelos militares, disse que o julgamento tem o objetivo de "denegrir" o ex-presidente e a Irmandade.
Esta é a segunda vez que o ex-presidente compareceu ao tribunal desde o golpe que o derrubou do poder. Em sua primeira aparição, em novembro, ele parecia menos agitado, embora tenha interrompido o juiz e feito longos discursos.
Esta terça-feira marca o terceiro aniversário da "sexta-feira de Fúria", um dos dias mais violentos durante o levante de 2011, quando manifestantes e policiais se confrontaram durante horas até que a polícia se retirou das ruas e os militares chegaram. / AP e REUTERS
AP
Morsi pode ser condenado à morte
Morsi e outros 18 membros da Irmandade Muçulmana, entre eles o líder supremo Mohamed Badie, compareceram à audiência de uniforme branco e viraram de costas para o juiz enquanto as acusações eram lidas. No total, 132 membros do grupo serão julgados por diversos crimes, entre eles a morte de manifestantes em protestos em 2012
Nos 30 minutos de imagens gravadas transmitidas pela televisão estatal, Morsi protestou por estar dentro de uma jaula no tribunal, onde é julgado pela grande fuga de prisioneiros em 2011, quando ele mesmo escapou da prisão.
O ex-presidente é acusado de espionagem, pelo assassinato de guardas e por fugir da prisão durante os tumultos que levaram à queda do ex-presidente Hosni Mubarak. Segundo o Judiciário egípcio, ele contou com a ajuda de milícias palestinas e libanesas para sair da prisão, acusações que podem levá-lo a uma sentença de pena de morte.
Autoridades dizem que as fugas de prisioneiros foram parte de um esforço organizado para desestabilizar o país. Grupos de direitos humanos pediram uma investigação independente sobre os eventos caóticos e responsabilizam a polícia pela confusão. Um advogado da Irmandade Muçulmana, grupo do qual Morsi faz parte e que voltou a ser considerado ilegal pelo governo egípcio após a tomada do poder pelos militares, disse que o julgamento tem o objetivo de "denegrir" o ex-presidente e a Irmandade.
Esta é a segunda vez que o ex-presidente compareceu ao tribunal desde o golpe que o derrubou do poder. Em sua primeira aparição, em novembro, ele parecia menos agitado, embora tenha interrompido o juiz e feito longos discursos.
Esta terça-feira marca o terceiro aniversário da "sexta-feira de Fúria", um dos dias mais violentos durante o levante de 2011, quando manifestantes e policiais se confrontaram durante horas até que a polícia se retirou das ruas e os militares chegaram. / AP e REUTERS
Comentários
Postar um comentário