Síria está comprometida com acordo sobre armas químicas, diz Assad
Presidente sírio diz que rebeldes podem atrapalhar o trabalho de inspetores que vão verificar arsenal
DAMASCO - A Síria está comprometida com um acordo firmado entre os EUA e a Rússia contra o uso de armas químicas e não vê nenhum obstáculo para sua implementação, segundo o presidente sírio, Bashar Assad.
Falando para a emissora de televisão venezuelana Telesur, Assad insistiu que seu regime estava cumprindo um acordo segundo o qual Damasco deve ceder suas armas químicas ao controle internacional. "A Síria se compromete, de maneira geral, com todos os acordos que assina", disse ele em uma entrevista publicada na íntegra pela agência de notícias estatal síria Sana nesta quinta-feira, 26.
Assad disse que Damasco tinha começado a enviar os detalhes necessários de seu arsenal químico para a Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPCW), que está supervisionando o acordo. Os inspetores da OPCW devem visitar a Síria, informou o presidente.
"Especialistas [da OPCW] virão para a Síria no próximo período para analisar a situação dessas armas", afirmou Assad. "Quanto ao governo sírio, não há obstáculos sérios...Mas há sempre a possibilidade de os terroristas obstruírem o trabalho dos peritos, impedindo-os de acessar certos lugares", acrescentou Assad. O regime sírio chama todos aqueles que o enfrentam de "terroristas".
A Síria concordou em entregar seu arsenal químico sob um acordo criado após o ataque com gás sarin em Ghouta, subúrbio de Damasco, em 21 de agosto. O acordo suspendeu as ameaças de um ataque americano contra a Síria, mas Assad disse que "a possibilidade de uma agressão está sempre presente."
"Desta vez, o pretexto é o uso das armas químicas. Na próxima, será outra coisa", disse. Líderes sírios acusam o presidente dos EUA, Barack Obama, de "fabricar mentiras".
Segundo Assad, a Síria não estava preocupada de o Conselho de Segurança da ONU aprovar uma resolução que permita sanções ou uso da força contra Damasco. "Hoje há um equilíbrio no Conselho de Segurança", disse ele, referindo-se à Rússia, aliada do regime, que tem proporcionado cobertura diplomática a Damasco em todo o levante de 30 meses.
Uma equipe de especialistas da ONU, que confirmou o uso de gás sarin no ataque de agosto, voltou a Damasco na quarta-feira para retomar as investigações sobre supostos ataques anteriores.
Assad disse que seu governo garantirá que os especialistas também sejam capazes de se movimentar livremente, insistindo que seu regime os convidou a visitar o país. "Nós somos os únicos que os convidaram para vir para a Síria, em março, quando os terroristas usaram gás venenoso em um subúrbio da cidade de Alepo", disse ele./ DOW JONES
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SANA/AP
Assad afirma que regime está comprometido com acordo
Falando para a emissora de televisão venezuelana Telesur, Assad insistiu que seu regime estava cumprindo um acordo segundo o qual Damasco deve ceder suas armas químicas ao controle internacional. "A Síria se compromete, de maneira geral, com todos os acordos que assina", disse ele em uma entrevista publicada na íntegra pela agência de notícias estatal síria Sana nesta quinta-feira, 26.
Assad disse que Damasco tinha começado a enviar os detalhes necessários de seu arsenal químico para a Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPCW), que está supervisionando o acordo. Os inspetores da OPCW devem visitar a Síria, informou o presidente.
"Especialistas [da OPCW] virão para a Síria no próximo período para analisar a situação dessas armas", afirmou Assad. "Quanto ao governo sírio, não há obstáculos sérios...Mas há sempre a possibilidade de os terroristas obstruírem o trabalho dos peritos, impedindo-os de acessar certos lugares", acrescentou Assad. O regime sírio chama todos aqueles que o enfrentam de "terroristas".
A Síria concordou em entregar seu arsenal químico sob um acordo criado após o ataque com gás sarin em Ghouta, subúrbio de Damasco, em 21 de agosto. O acordo suspendeu as ameaças de um ataque americano contra a Síria, mas Assad disse que "a possibilidade de uma agressão está sempre presente."
"Desta vez, o pretexto é o uso das armas químicas. Na próxima, será outra coisa", disse. Líderes sírios acusam o presidente dos EUA, Barack Obama, de "fabricar mentiras".
Segundo Assad, a Síria não estava preocupada de o Conselho de Segurança da ONU aprovar uma resolução que permita sanções ou uso da força contra Damasco. "Hoje há um equilíbrio no Conselho de Segurança", disse ele, referindo-se à Rússia, aliada do regime, que tem proporcionado cobertura diplomática a Damasco em todo o levante de 30 meses.
Uma equipe de especialistas da ONU, que confirmou o uso de gás sarin no ataque de agosto, voltou a Damasco na quarta-feira para retomar as investigações sobre supostos ataques anteriores.
Assad disse que seu governo garantirá que os especialistas também sejam capazes de se movimentar livremente, insistindo que seu regime os convidou a visitar o país. "Nós somos os únicos que os convidaram para vir para a Síria, em março, quando os terroristas usaram gás venenoso em um subúrbio da cidade de Alepo", disse ele./ DOW JONES
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