Pular para o conteúdo principal
 

Síria aceita negociar a paz no país sem 'pré-condições', e nega guerra civil
Comentários 3

Do UOL, em São Paulo
O chanceler da Síria, Walid Muallem, afirmou nesta segunda-feira (30), que não há guerra civil no país, e, sim, um enfrentamento contra grupos terroristas 'de 83 nacionalidades'. Ele discursou na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York.
"O que acontece no meu país é claro, mas alguns não querem reconhecer que a Al-Qaeda e seus grupos afiliados estão lutando na Síria", afirmou.
Ampliar

A crise na Síria em fotos200 fotos

1 / 200
30.set.2013 - Rebelde sírio monta guarda em casa destruída de Deir al-Zor, nesta segunda-feira (30). O ministro das Relações Exteriores, Walid Muallem, disse nas Nações Unidas que seu governo aceita comparecer a uma conferência de paz em Genebra "sem pré-condições" Khalil Ashawi/Reuters
Muallem aproveitou para se dirigir aos Estados Unidos e França – que defendiam uma intervenção militar no país. Sem citar nomes, ele disse que "alguns países lançaram guerras para combater o terrorismo, mas no meu país eles financiam terroristas".
De acordo com ele, "esses Estados são bem conhecidos, e buscam intervenções sem o consenso do Conselho do Segurança da ONU".
O chanceler também afirmou que rebeldes estão por trás dos ataques químicos denunciados no país, e disse que o governo do ditador Bashar al-Assad está comprometido a eliminar estes armamentos de seu arsenal.
Ele garantiu que seu governo aceita comparecer a uma conferência de paz em Genebra "sem pré-condições" para solucionar a "guerra contra o terrorismo", mas pediu o fim de "todas as hostilidades" contra seu país.
"O fim das políticas agressivas contra a Síria é o primeiro passo para uma solução em meu país. Qualquer solução política, tendo em vista o contínuo apoio ao terrorismo, seja fornecendo armas, financiando ou treinando, é uma mera ilusão e equívoco", disse o ministro no plenário da Assembleia Geral.
Ele defendeu a criação de uma zona livre das armas de destruição em massa no Oriente Médio, e afirmou que Israel deveria assinar os tratados de não proliferação nuclear.
Ampliar

Garoto de 10 anos trabalha em fabricação de armas para rebeldes na Síria15 fotos

4 / 15
Issa, 10, mede o diâmetro de um morteiro durante dia de trabalho em uma fábrica de armas do Exército Livre da Síria em Aleppo, reduto da revolta contra o regime de Bashar Assad. Ele trabalha com o pai na fábrica por dez horas todos os dias, exceto às sextas-feiras Leia mais Hamid Khatib/Reuters
Muallem criticou as sanções feitas pela União Europeia e pelos Estados Unidos, afirmando que essas medidas ajudam a piorar a situação humanitária no país.

Resolução da ONU

O Conselho de Segurança adotou na semana passada por unanimidade a resolução que visa a destruição das armas químicas na Síria. De acordo com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, esta se trata de uma "votação histórica". 
O documento condena qualquer uso de armas químicas na Síria, em especial o ataque realizado no último dia 21 de agosto nos subúrbios de Damasco, que foi denunciado por rebeldes. 
A resolução prevê sanções automáticas e não faz referência ao capítulo 7 da Carta das Nações Unidas, que estabelece o uso da força em caso de descumprimentos dos direitos humanos, como já era esperado. Caso seja descumprida, medidas estabelecidas no capítulo 7 deverão ser estudadas em uma eventual nova resolução.   

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estim...
Agência Brasil Augusto Aras reitera que seu compromisso é com a atuação na chefia do Ministério Público Federal Aras afirma desconforto com especulação sobre vaga no STF BRASIL O procurador-geral da República, Augusto Aras, em nota, manifesta seu desconforto com a veiculação reiterada de seu nome para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Conquanto seja uma honra ser membro dessa excelsa Corte, o PGR sente-se realizado em ter atingido o ápice de sua instituição, que também exerce importante posição na estrutura do Estado. Segundo Aras, ao aceitar a nomeação para a chefia da Procuradoria-Geral da República, não teve outro propósito senão o de melhor servir à Pátria, inovar e ampliar a proteção do Ministério Público Federal e oferecer combate intransigente ao crime organizado e a atos de improbidade que causam desumana e injusta miséria ao nosso povo. O PGR considerar-se-á realizado se chegar ao final do seu mandato tão somente cônscio de haver cumprido o se...