Autoridades do Quênia temem que número de mortes em shopping aumente
Parte da estrutura do centro desabou após incêndio; conta no Twitter atribuída a grupo terrorista diz que 137 morreram
Soldados se escondem após tiroteio próximo shopping Westgate em Nairobi. As tropas quenianas permanecem dentro do shopping em um confronto com militantes do Al-Shabab, após granadas terem sido jogadas. Os militares do Al-Shabab ameaçam matar os reféns que ainda estão no shopping, no Quênia - Carl de Souza/AFP
A contagem divulgada pelo governo na terça-feira, logo após o fim do cerco que começou no sábado, havia apontado a morte de 61 civis, seis soldados e cinco terroristas. Outros onze terroristas foram presos.
Informações divulgadas nesta quarta-feira em uma conta do Twitter atribuída ao grupo terrorista islâmico Al Shabab, que reivindicou o ataque, indicam que 137 pessoas morreram no shopping. A mesma conta no microblog também culpa o governo queniano pelas mortes e diz que soldados dispararam “armas químicas” dentro do complexo e provocaram o desabamento de parte da estrutura.
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“Após fracassar ao vencer os mujahedins (guerrilheiros) dentro do centro comercial, o governo queniano espalhou gases químicos para acabar com o cerco”, afirma a conta atribuída ao grupo. Uma porta-voz do governo ouvida pela Al Jazeera negou as acusações e disse que, por enquanto, o número de mortos permanece o mesmo.
Prisão - Nesta quarta-feira, o governo Grã-Bretanha confirmou que um britânico foi preso em Nairóbi. Ao longo do cerco ao shopping, o governo do Quênia afirmou que alguns dos terroristas envolvidos no ataque eram americanos e britânicos. Não há confirmação se o homem, de cerca de 30 anos, tem alguma relação com o ataque.
Segundo o jornal inglês Daily Mail, que citou autoridades do Quênia, o britânico foi preso na segunda-feira, quando tentava embarcar no aeroporto de Nairóbi em um voo para a Turquia. Ele tinha queimaduras no rosto e agia de maneira suspeita.
Nesta quarta-feira, o Quênia deu início aos três dias de luto oficial pelos mortos no ataque.
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