Dilma chega a Nova York para Assembleia Geral da ONU
Presidente deve abordar espionagem americana em discurso de abertura
Sede da ONU, em Nova York. Dilma vai realizar discurso de abertura da assembleia na terça-feira (Reuters)
Segundo fontes do Planalto, a presidente deve defender a liberdade na internet, a regulação de limites para a coleta de dados na rede e criticar a série de escândalos de espionagem que envolve a Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos, acusada de espionar milhões de pessoas pelo mundo. Na semana passada, após a revelação de que até mesmo Dilma foi alvo da espionagem, assim como a Petrobras, segundo reportagens da TV Globo, a presidente cancelou uma viagem marcada para os Estados Unidos.
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O discurso de Dilma está previsto para ocorrer às 10h30, no horário de Brasília. Depois dela é a vez do presidente americano Barack Obama discursar.
Na abertura das assembleias anteriores, em 2011 e 2012, Dilma havia pedido a criação de um estado palestino e criticado as medidas de austeridade adotadas por países ricos para enfrentar a crise econômica.
Agenda - Nesta segunda-feira, a Dilma terá dois encontros em Nova York. Segundo a Presidência, às 17 horas (18h no horário de Brasília), Dilma terá uma reunião com o ex-presidente americano Bill Clinton. Uma hora depois, um encontro bilateral com a presidente da Argentina, Cristina Kirchner. Os dois compromissos acontecerão no Hotel Saint Regis, onde a presidente está hospedada.
Dilma viajou acompanhada da filha Paula, além da comitiva formada pelos ministros Aloizio Mercadante (Educação), Luiz Alberto Figueiredo (Relações Exteriores), Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Helena Chagas (Secretaria de Comunicação Social), e do assessor de Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia.
Na terça-feira, após o discurso, Dilma tem reunião prevista com o presidente da Telefónica, César Alierta Izuel. O tema do encontro não foi revelado. No mesmo dia, Dilma deve voltar à ONU para participar de um fórum de desenvolvimento sustentável que deve ratificar as deliberações da Rio+20. Na quarta-feira, a presidente participa de seminário promovido pelo banco Goldman Sachs e o Grupo Bandeirantes, que vai discutir oportunidades de investimentos em infraestrutura no Brasil. Em princípio, Dilma deve fechar o evento, por volta das 12 horas, e logo em seguida voltar para Brasília.
Nesta semana, de acordo com o Itamaraty, também deve ocorrer um encontro entre o ministro de Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, e o secretário de Estado americano, John Kerry.
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