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Israel estuda ratificar convenção que proíbe armas químicas, diz presidente

Afirmação foi feita após regime sírio concordar com a entrega de seu arsenal químico para controle internacional

O presidente israelense, Shimon Peres, em entrevista à CNN
O presidente israelense, Shimon Peres
O presidente israelense, Shimon Peres, afirmou nesta segunda-feira que o governo do país vai estudar seriamente ratificar o tratado internacional que proíbe armas químicas. A afirmação foi feita após o regime sírio ter concordado em entregar seu arsenal químico para controle internacional e também em aderir ao tratado. Após a adesão da Síria à Convenção de Armas Químicas de 1993, Israel permanece como um dos seis países no mundo que não assinaram ou ratificaram o documento, ao lado de nações como Coreia do Norte e Angola.
Leia também: Emprego de armas químicas rompe marco civilizatório
"Tenho certeza de que nosso governo irá analisar isso seriamente", disse Peres em Haia, a cidade holandesa que sedia a Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq), que supervisiona a convenção.
Israel nunca admitiu publicamente ter armas químicas - e o mesmo ocorre com o seu arsenal nuclear. O ministro da Inteligência, Yuval Steinitz, disse este mês que o país estaria pronto para discutir a questão quando houvesse paz no Oriente Médio. Israel chegou a assinar a Convenção em 1993, no governo do então primeiro-ministro trabalhista Yitzhak Rabin, mas o Parlamento nunca ratificou o documento.
O papel de Peres como chefe de Estado é amplamente cerimonial, mas ele é uma figura influente no palco mundial e foi fundamental para transformar Israel em uma potência nuclear não declarada nos anos 1960.
Acordo - No dia 10 de setembro, após uma proposta lançada pela Rússia, a Síria concordou em entregar seu arsenal de armas químicas - a decisão foi tomada para evitar uma intervenção militar por parte dos Estados Unidos, que acusaram o ditador sírio Bashar Assad de ter utilizado gás sarin contra a população do país em um ataque no dia 21 de agosto. A ação deixou 1 400 mortos, e foi posteriormente confirmada por um relatório da ONU, que, no entanto, evitou apontar a responsabilidade pelo ataque.
Acredita-se que a Síria tenha cerca de 1 000 toneladas de agentes nervosos como gás sarin e mostarda. Uma equipe de inspetores de armas da Opaq seguirá para a Síria nesta semana para fazer um inventário dos estoques químicos e munições e determinar como e onde destruí-los.
A Síria passou décadas construindo seu programa de armas químicas, em grande parte para conter a superioridade militar de Israel no Oriente Médio.
Peres disse que a Síria só assinou a convenção quando se deparou com a ameaça de força militar, mas acrescentou que Israel iria de toda forma considerar um pedido do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para que todos os países assinassem o tratado.
As outras nações que não assinaram ou não ratificaram a convenção são: Mianmar, Egito, Angola, Coreia do Norte e Sudão do Sul.
(Com agência Reuters)

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