'Destruição de armas químicas não é o bastante', diz Ban Ki-moon
Crise síria dominou discurso de abertura de secretário-geral da ONU
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon (Reuters)
Segundo os russos, os ataques teriam acontecido antes do massacre de 21 de agosto, quando mais de 1 000 pessoas morreram vítimas de gás sarin em um subúrbio de Damasco.
Ban também falou indiretamente sobre uma eventual intervenção militar externa no país, uma posição que os EUA defendiam com veemência no início do mês e que, segundo a administração de Barack Obama, ainda é uma opção. “A vitória militar é uma ilusão. A única resposta possível é um acordo político”, disse. “A comunidade internacional deve fazer justiça com aqueles que usaram armas químicas no país. E deve assegurar que o armamento seja destruído. Mas não devemos nos satisfazer apenas com a destruição do arsenal químico enquanto uma guerra maior está destruindo o país”, afirmou.
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O secretário-geral lembrou os números atrozes do conflito que se arrasta há cerca de dois anos e meio, e que já provocou 100 000 mortes e provocou o deslocamento de 7 milhões de pessoas.
Um acordo firmado há dez dias entre EUA e Rússia, que prevê a destruição do arsenal químico de Bashar Assad, descartou a possibilidade de uma intervenção militar americana na guerra. O conflito também deverá pautar o discurso de outros convidados, como França e Grã-Bretanha, membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU.
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