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Merkel vence eleição, e por pouco não faz maioria absoluta

Em vitória histórica dos conservadores, ela chega ao 3º mandato consecutivo. Mas ficou a cinco cadeiras da maioria absoluta e terá que formar nova coalizão

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, durante a campanha eleitoral
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, durante a campanha eleitoral  reutes
A chanceler alemã Angela Merkel obteve uma grande vitória pessoal nas eleições legislativas deste domingo.Com 100% das urnas apuradas, seu bloco conservador, formado pela União Democrata Cristã (CDU) e a União Social Cristã Bávara (CSU), conseguiu 41,5% dos votos – o desempenho eleitoral mais expressivo desde 1990, ano da reunificação alemã. Os números representam um sinal de apoio à sua firme liderança na crise do euro e um crescimento notável de sua popularidade. Na eleição de 2009, o bloco de Merkel teve 33,8%. 
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Mas o "super-resultado" deste domingo, como qualificou a primeira-ministra, não foi suficiente para garantir a primeira maioria absoluta no Parlamento alemão em meio século. Foi por um triz: os dois partidos da coligação de Merkel, CDU e CSU, conquistaram 306 cadeiras, ficando a apenas cinco das 311 necessárias à formação da maioria absoluta na Bundestag, a Câmara Baixa do Parlamento, que terá 630 representantes na próxima legislatura – pela legislação alemã, o número de parlamentares varia a cada eleição.
Com isso, não se confirmará a expectativa da premiê governar sozinha, o que não ocorre desde que o primeiro-ministro conservador Konrad Adenauer conseguiu essa façanha em 1957.
Coalizão – Como o partido FDP (Partido dos Democratas Livres), aliado de Merkel no governo atual, não obteve o mínimo de 5% dos votos para ter representação no Parlamento (ficou com 4,8%), a chanceler terá que formar uma nova coalizão.
Os alvos são os Verdes, que ficaram com 8% dos votos, e o segundo maior partido alemão, o centro-esquerdista Social-Democrata (SPD), liderado pelo ex-ministro das Finanças Peer Steinbrück, que atingiu 26,4% – o segundo pior resultado da legenda desde a Segunda Guerra Mundial. O radical Partido da Esquerda deve se confirmar como a terceira maior força, com cerca de 8,4%. Um novo partido, o anti-euro Alternativa para a Alemanha (AfD), também ficou fora do Parlamento após conquistar só 4,7%.
Merkel comemorou diante de seus partidários: "Este é um super-resultado. Faremos tudo o que pudermos nos próximos quatro anos juntos para torná-los anos de sucesso para a Alemanha". Se cumprir o mandato pelo menos até 2017, ela se tornará a líder europeia mais longeva no poder, superando Margaret Thatcher, que foi primeira-ministra da Grã-Bretanha por 11 anos. Merkel está no poder desde novembro de 2005.

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