Governo do Quênia foi avisado sobre ataque, diz CNN
Advertência sobre possível ação do grupo terrorista Al Shabab foi feita há mais de um ano em relatório; número de desaparecidos cai para 39
Estacionamento destruído do shopping Westgate, em Nairóbi, capital do Quênia - Reuters
Na semana passada, membros do grupo radical islâmico atacaram o shopping na capital Nairóbi e atiraram contra dezenas de pessoas, além de tomar outras reféns. O centro de compras só foi retomado por tropas do governo após quatro dias de cerco. Segundo a CNN, as advertências de que um ataque do tipo poderia ocorrer foram feitas pelo Serviço Nacional de Inteligência do Quênia e incluídas nos relatórios que eram enviados regularmente para membros do governo do presidente Uhuru Kenyatta, da chefia de polícia e dos serviços de inteligência das Forças Armadas do país.
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A inclusão do shopping na lista de possíveis alvos foi feita porque o lugar costumava ser frequentado por turistas e moradores estrangeiros.
A CNN também afirma que médicos militares do país que analisaram os corpos das vítimas do ataque afirmam que várias delas foram torturadas pelos terroristas. Entre os corpos que passaram por periciais há registro de amputações de membros, nariz e até morte por enforcamento.
Ainda segundo a rede, membros do Parlamento do Quênia devem começar a ouvir os responsáveis pelos serviços de inteligência sobre as falhas em detectar a ameaça.
Desaparecidos – Nesta segunda-feira, a Cruz Vermelha informou que 39 pessoas continuam desaparecidas depois do ataque. O número chegou a 61, mas foi reduzido conforme alguns sobreviventes se encontraram com suas famílias e alguns corpos foram identificados.
Equipes de resgate continuam buscas por outras reféns que possam ter sido mortos em uma área do shopping que desabou após explosões e um incêndio.
Onze suspeitos de participação no ataque seguem presos. O grupo Al Shabab, que é ligado à rede terrorista Al Qaeda, disse que o ataque foi realizado em represália contra a presença de 4 000 solados do Quênia no sul da Somália, que estão na região desde 2011 para combater a ação de terroristas e bandos armados.
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