Pular para o conteúdo principal

Por que o PT não prestou solidariedade a Delcídio

Arquivo - O líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS) e a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, em Brasília (DF)
Arquivo - O líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS) e a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, em Brasília (DF)(PR)
Quando o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), chamou de "covarde" a nota assinada pela direção do Partido dos Trabalhadores que rifa o primeiro senador preso com mandato, Delcídio do Amaral (PT-MS), engana-se quem pensa que se tratava de um mero gesto de corporativismo e amizade. Renan, um dos mais hábeis moradores do Salão Azul da República, sabe como ninguém que Delcídio nunca foi bem visto por uma ala do PT - apesar dos muitos préstimos recentes. Não era raro ser chamado de "tucano do PT" ou (pelos mais maldosos) de "tucano infiltrado no PT" em reuniões da sigla. Correntes petistas nunca aceitaram sua atuação na CPI dos Correios, que investigou o mensalão, e outros já torciam o nariz antes dela, dada sua filiação pregressa ao PSDB. A frase mais repetida hoje enquanto o plenário decidia mantê-lo na cadeia foi: "O PT nunca gostou dele". Tão logo o áudio da conversa criminosa envolvendo Delcídio foi divulgado (em primeira mão pelo Radar On-line), o presidente do PT e lulista de carteirinha, Rui Falcão, não pensou duas vezes em escrever que o partido não prestaria solidariedade ao colega -- embora o PT nunca tenha demonstrado vergonha em defender corruptos como Delúbio Soares, José Dirceu e João Vaccari. Foi também um recado do PT lulista ao Palácio do Planalto: Delcídio era líder de Dilma Rousseff. O problema é dela. (Silvio Navarro, de São Paulo)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com par
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estimular