Novo presidente argentino pode melhorar relação com Brasil e Mercosul
O oposicionista Mauricio Macri, que venceu as eleições deste domingo, chegou a afirmar que sua primeira viagem ao exterior seria ao Brasil
Apesar da distância ideológica que o separa do Partido dos Trabalhadores (PT), Macri aposta em uma parceria mais sólida com o Brasil. "Estamos abertos para trabalhar pela aproximação dos dois países, e acreditamos que a Argentina terá vocação de diálogo e buscará soluções com o Brasil", afirmou Fulvio Pompeo, assessor para relações externas de Marci, durante um almoço oferecido pelo Palácio do Planalto aos principais integrantes da equipe internacional do candidato argentino na embaixada brasileira no início do mês.
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A estagnação econômica, o desemprego e a necessidade de sustentação política do governo brasileiro e a exigência argentina de mostrar resultados econômicos positivos, controlar a inflação e deixar o câmbio subir, deve aproximar mais as duas nações. "Embora os governos brasileiro e argentino possam ficar ideologicamente em lados opostos após a eleição de Macri, ambos possuem necessidades maiores que os levariam a se associar", explica o professor Marcus Vinicius de Freitas.
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Macri deve trilhar um caminho diferente. Há pouco mais de uma semana, o novo presidente afirmou que se opõe a políticos que buscam seguidas reeleições, uma crítica velada ao presidente da Bolívia, Evo Morales, que tenta prolongar os limites do seu mandato. Também criticou a prisão do líder de oposição venezuelano Leopoldo López pelo governo de Maduro. "Isso não é o que faz um governo democrático", afirmou Macri, indicando que poderia se distanciar de líderes esquerdistas sul-americanos.
"A aliança com a China e a Rússia pode ser abandonada como eixo da política externa argentina, dando lugar a EUA, UE e o Brasil", diz Rosendo Fraga.
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