"A França está em guerra", diz presidente Hollande
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"A república que queremos deverá nos investir de todos os meios necessários para erradicar os terroristas e, assim poder viver em estado de direito", disse o presidente. "Não estamos em uma guerra de civilizações, porque esses assassinos não representam uma civilização. Estamos em guerra contra o terrorismo jihadista".
Hollande ainda parabenizou os pilotos franceses que participaram do ataque massivo a alvos do Estado Islâmico no domingo e agradeceu os Estados Unidos por sua participação na operação. "A Síria se transformou na maior fábrica de terroristas que o mundo já conheceu", ao lembrar que a questão dos refugiados está diretamente ligada às guerras da Síria e do Iraque. "Nosso inimigo é o Estado Islâmico. Temos que destruí-lo".
Em seu discurso, Hollande reforçou diversas vezes a ideia de que o estado de exceção é uma prerrogativa do estado de direito em momento de guerra, e que, após os atentados de 13 de novembro, é a única garantia de mantê-lo. A declaração é feita após um comunicado em que o Sindicato dos Magistrados da França condena a manutenção do estado de exceção e afirma que a França "tem tudo a perder" com a suspensão de direitos civis.
O presidente francês defende, no entanto, que ele será necessário para restabelecer a ordem. "Após tudo isso, espero que a França possa permanecer ela mesma. Jamais eles poderão nos impedir de vivermos como decidimos viver. Sobretudo a juventude. Devemos continuar a trabalhar, a sair, a viver. O que foi visado pelos terroristas foi a França aberta ao mundo. A França representa uma luz para a humanidade, e quando ela é apagada, sua sombra é sentida pelo mundo", disse. Ao concluir seu discurso, o presidente repetiu a fala que o ministro de Interior francês Bernard Cazeneuve disse em declaração mais cedo: "O terrorismo não destruirá a República, pois será a República que o destruirá".
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