Premier francês adverte para o risco de atentados com armas químicas
O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, alertou nesta quinta-feira para o risco de atentados com “armas químicas ou bacteriológicas”, pedindo ao Parlamento a extensão do estado de emergência, seis dias depois dos atentados em Paris. Peritos franceses trabalham para determinar se o suposto mentor dos ataques estava entre os mortos em uma batida policial na quarta-feira.
— Não devemos descartar nada. Eu digo isso com todas as precauções necessárias. Mas nós sabemos e temos em mente que há também um risco de armas bacteriológicas ou químicas — afirmou Valls aos parlamentares, que vão votar sobre a prorrogação do estado de emergência.
Os ataques de Paris deixou toda a Europa em alerta, com o primeiro-ministro belga, Charles Michel, anunciando novas medidas anti-terroristas nesta quinta-feira. Um avião que viajava da Polônia para o Egito fez um pouso de emergência em Burgas, leste da Bulgária, após um alerta de bomba.
— Um passageiro falou sobre a presença de explosivos do avião, que fez um pouso de emergência no aeroporto de Burgas às 5H45 (1H45 de Brasília) — afirmou a porta-voz do aeroporto, Kristina Neikova.
A polícia disse que Abdelhamid Abaaoud era o alvo quando policiais invadiram um apartamento no subúrbio parisiense de Saint Denis. O promotor de Paris informou que nem ele nem o suspeito Salah Abdeslam estavam entre as oito pessoas presas, mas pelo menos dois corpos ainda tinham de ser identificados.
O grupo extremista Estado Islâmico (EI), que controla partes da Síria e do Iraque,reivindicou os ataques de sexta-feira passada, quando homens armados e homens-bomba mataram 129 pessoas e feriram centenas.
O jornal “Washington Post” citou funcionários europeus anônimos dizendo Abaaoud, de 27 anos, foi morto na quarta-feira quando policiais fortemente armados invadiram o prédio no subúrbio de Saint Denis.
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