Em vitória de Levy, comissão aprova proposta de meta fiscal sem abatimento do PAC
Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2016 manterá previsão de economia para o pagamento de juros da dívida que corresponde a 0,7% do PIB
Na prática, a meta fiscal do próximo ano continuará sendo de um superávit primário - economia feita pelo governo para o pagamento de juros da dívida pública - de 0,7% do PIB, o que corresponde a 43,8 bilhões de reais. A mudança significa uma vitória para o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, crítico de qualquer tipo de dedução da meta fiscal. A proposta seguirá para apreciação do plenário do Congresso, que pode votar a medida na próxima terça-feira.
Nos bastidores, a base aliada fechou um acordo com a oposição para, em troca da aprovação do superávit primário de 0,7% do PIB para o próximo ano, não impedir com manobras regimentais a votação do projeto de lei que altera a meta fiscal de 2015. Essa alteração deve ser apreciada pela Comissão Mista de Orçamento na próxima semana.
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O relator da LDO de 2016, deputado Ricardo Teobaldo (PTB-PE), anunciou o resultado do acordo no momento da votação do seu parecer. De 291 emendas, ele acatou 33, sendo que duas se referiam à retirada do abatimento de 20 bilhões de reais do PAC, conforme ele havia acatado anteriormente. "Isso foi feito em entendimento com todas as lideranças e com a presidente (da comissão, senadora Rose de Freitas)", disse Teobaldo.
O deputado de oposição Caio Nárcio (PSDB-MG) elogiou a aprovação da LDO de 2016 na comissão sem o abatimento do PAC. "Ela retira o cheque em branco dado ao governo", disse.
(Com Estadão Conteúdo)
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