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'Petrobras está nas mãos de Dilma', diz Delcídio

Em áudio gravado por filho de Cerveró, líder do governo no Senado disse que estatal está totalmente desconectada do Ministério de Minas e Energia

O senador Delcídio Amaral (PT), em 2005
O senador Delcídio Amaral (PT-MS) reforça que comando da Petrobras está nas mãos de Dilma (Reuters)
O atual presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, não está na linha de frente das decisões da estatal, e quem dá a palavra final é a presidente do país, Dilma Rousseff. A declaração foi feita pelo senador Delcídio do Amaral (PT-MS) em trecho de conversa gravada por Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. "Outro dia, uma pessoa me perguntou a quem Bendine se subordina, ao ministro [Eduardo Braga, de Minas e Energia] ou à Dilma (...) Sai e falei: Vocês viram quem que despacha na Petrobras? (...) É a Dilma", afirmou o líder do governo no Senado. Delcídio foi preso na manhã desta quarta-feira, por suspeita de obstrução da Operação Lava Jato.
Delcídio justifica a fala com base em uma reunião que Dilma teve com ministros, incluindo Braga, em que o ministro sequer se manifestou. "O Eduardo Braga é um cara que foi companheiro nosso no Senado. É um cara mandão. Na conversa, na reunião com os ministros ele não deu um 'piu', ou seja, a Petrobras está sendo comandada pela Dilma", disse o senador. "A Petrobras está totalmente desconectada do Ministério de Minas e Energia. (...) Está nas mãos dela [Dilma]", acrescenta, em outro momento da conversa.
Também presente na conversa o advogado de Nestor Cerveró, Edson Ribeiro, chega a comparar Bendine à rainha da Inglaterra, ou seja, reina, mas não governa. Em outro trecho da discussão, Ribeiro também reforça a influência da ex-presidente da estatal, Graça Foster, na nomeação de gerentes. Ele cita dois nomes: Solange Guedes, de Engenharia de Produção e Jorge Celestino, de Executiva de Logística.
Em uma fala sugestiva, mas sem detalhes, Celestino, segundo Ribeiro, está com força total e já irá "aparecer nas coisas". Também participou da conversa o chefe de gabinete de Delcídio, Diogo Ferreira.

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