Ministério da Saúde declara emergência por casos de microcefalia
Número de ocorrências em Pernambuco disparou de dez por ano para 141 nos últimos meses; anomalia no crânio prejudica o desenvolvimento do cérebro dos bebês
Bebês com microcefalia nascem com perímetro cefálico menor do que a média. O problema pode ser provocado por uma série de fatores, desde desnutrição da mãe, abuso de drogas até infecções durante a gestação, como rubéola, toxoplasmose, citomegalovírus.
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Suspeita - Embora o Ministério da Saúde ainda esteja investigando as causas do aumento de casos, uma das suspeitas é a contaminação da mãe pelo zika. Transmitido pelo Aedes aegypti, o mesmo mosquito que provoca a dengue, o vírus causa febre, coceiras e manchas vermelhas pelo corpo. A doença chegou ao Brasil neste ano e atingiu principalmente Estados do Nordeste.
O aumento de casos de bebês com microcefalia coincide com o período em que gestantes poderiam ter tido contato com o vírus. No início do ano, Pernambuco enfrentou uma epidemia de dengue e zika. Foram contabilizadas 113.328 infecções no Estado, cinco vezes mais do que havia ocorrido em 2014.
"É ainda uma suspeita. Mas boa parte das mães apresentaram em comum justamente as manchas pelo corpo durante os primeiros meses de gestação", contou o professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e colaborador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Carlos Brito.
(Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil)
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