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Levy defende teto para dívida pública

Ministro da Fazenda afirma que a proposta disciplina os gastos do governo e "deve ser acolhida"

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, participa do seminário 'Uma agenda positiva para o Brasil: aprendendo com práticas internacionais', na sede da Fiesp - 05/11/2015
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta quarta-feira que a proposta de criação de um teto para a dívida pública disciplina o gasto público e, por isso, "deve ser acolhida", num momento em que o país deve repensar suas despesas correntes para buscar a sustentabilidade fiscal.
"Ao se botar um teto no pagamento da dívida, evidentemente passa-se um sinal importante em relação à propensão ao endividamento. Sabemos que endividamento excessivo é prejudicial ao crescimento", afirmou Levy em audiência sobre o tema na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. "No fundo, esta proposta de botar um teto para a dívida é uma proposta de disciplina do gasto público e, portanto, ela deve ser acolhida."
Segundo Levy, o limite "pode nos servir muito bem" se acompanhado de medidas como a revisão dos gastos públicos, em especial o aumento da despesa corrente acima da evolução do produto interno bruto (PIB).
O ministro afirmou que a criação do teto para a dívida abre uma discussão técnica sobre eventuais níveis, acrescentando que o projeto tem mérito, mas possivelmente cria desafios. Falando sobre uma agenda "pró-crescimento", Levy fez ainda um apelo à reforma do ICMS, do PIS/Cofins e à uma dinâmica para "simplificar, simplificar e simplificar" a vida do contribuinte.
Matérias orçamentárias - Levy expressou otimismo quanto à votação em sessão conjunta pelo Congresso de vetos presidenciais que ainda precisam ser analisados pelos parlamentares nesta quarta-feira, além de matérias orçamentárias que também precisam do aval do Legislativo.
"Espero que hoje a sessão transcorra com a mesma qualidade", disse Levy, após o Congresso ter mantido na noite passada vetos presidenciais a dois temas polêmicos: o reajuste de até 78,6% para os servidores do Judiciário e a dedução de imposto de renda para compra de livros por professores.
(Com Reuters)

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