Pular para o conteúdo principal

Rússia volta a apresentar plano de combate ao EI

País quer coordenar coalizão internacional contra os jihadistas. Encontro entre Vladimir Putin e François Hollande está previsto para a próxima semana

O presidente Vladimir Putin durante reunião dedicada à preparação de atletas russos para as Olimpíadas de 2016 no Brasil, em Sochi, Rússia
O presidente russo Vladimir Putin: País volta a distribuir proposta de luta internacional contra EI na ONU (/Reuters)
A Rússia voltou a apresentar à Organização das Nações Unidas (ONU) um projeto para coordenar uma coalizão internacional contra o Estado Islâmico (EI). Na última terça-feira, o país confirmou que o grupo terrorista foi o responsável pela derrubada do avião russo que caiu no Egito em 31 de outubro com 224 pessoas a bordo.
A proposta do governo de Vladimir Putin é a nova versão de um projeto que havia sido distribuído pelos russos em setembro, mas que não saiu do papel. Segundo Vitaly Churkin, representante do país na ONU, a minuta mais recente leva em consideração os ataques terroristas de 13 de novembro em Paris, que deixaram 129 mortos.
A iniciativa da Rússia chega paralelamente à reação da França contra os atentados à Paris. Nesta quarta-feira, em discurso no Parlamento francês, o presidente François Hollande fez um apelo pela formação de uma "grande coalizão" mundial para combater os jihadistas. O país prepara um texto sobre o assunto que deve circular em breve no Conselho de Segurança da ONU.
Leia também:
EI divulga foto de modelo de bomba que teria derrubado avião russo
Bombardeios da França na Síria mataram 33 membros do EI em três dias
O ministro do Exterior da França, Laurent Fabious, mostrou-se favorável à política abertura com a Rússia para combater o EI. "Nós achamos que a Rússia é sincera e que precisamos usar a nossa força coletiva", disse ele nesta quinta-feira em entrevista à rádio francesa France Inter. "Quando, em setembro, o presidente Vladimir Putin propôs pela primeira vez que trabalhássemos juntos, nós dissemos que era uma boa ideia, desde que a Rússia concentrasse os seus esforços no EI, e não nas forças moderadas. Parece que agora houve uma mudança nesse sentido."
O embaixador russo Churkin se mostrou aberto a dar maior ênfase ao combate contra o EI, mas defendeu que é necessário levar em conta o "contexto muito complicado" que há na Síria e no Iraque, além da presença de outros grupos terroristas na região, como a Frente al Nusra.
Um encontro entre Hollande e Putin está marcado para a próxima quinta-feira.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estim...
Lula se frustra com mobilização em seu apoio após os primeiros dias na cadeia O ex-presidente acreditou que faria do local de sua prisão um espaço de resistência política Compartilhar Assine já! SEM JOGO DUPLO Um Lula 3 teria problemas com a direita e com a esquerda (Foto: Nelson Almeida/Afp) O ex-presidente  Lula  pode não estar deprimido, mas está frustrado. Em vários momentos, antes da prisão, ele disse a interlocutores que faria de seu confinamento um espaço de resistência política. Imaginou romarias de políticos nacionais e internacionais, ex-presidentes e ex-primeiros-ministros, representantes de entidades de Direitos Humanos e representantes de movimentos sociais. Agora, sua esperança é ser transferido para São Paulo, onde estão a maioria de seus filhos e as sedes de entidades como a CUT e o MTST.