Tóquio e Seul desafiam zona de defesa da China
Aviões de Japão e Coreia do Sul repetem gesto feito pelos EUA, ignoram exigência chinesa e não pedem permissão para sobrevoar região em litígio
PEQUIM - Aviões militares japoneses e sul-coreanos sobrevoaram na quinta-feira, 28, uma área disputada no Mar do Leste da China sem informar Pequim, que, no fim de semana, criou uma zona de defesa aérea no local e elevou as tensões diplomáticas na região.
Pequim reagiu com críticas às manobras. "O Japão não tem absolutamente nenhum direito de fazer comentários irresponsáveis sobre a zona de defesa", declarou o porta-voz do Ministério da Defesa chinês, Yang Yujun.
Já o porta-voz da chancelaria, Qin Gang, pediu uma retratação de Japão e EUA. "A China pede ao Japão e aos EUA que se retratem e parem de provocar atritos", disse.
Qin não respondeu se o governo chinês estuda o uso de força militar e enfatizou que todos os países devem cooperar para que os voos sejam seguros. "A zona de defesa aérea não é dirigida contra ninguém, nem pretende alterar o ritmo dos voos internacionais", afirmou Qin. "Compartilhamos interesses comuns em muitos campos e agora é muito importante que mantenhamos os acordos alcançados para promover a confiança mútua e a cooperação."
EUA, Japão e Coreia do Sul não aceitam a demarcação da zona de defesa aérea, considerada "extremamente perigosa". Washington rejeitou a exigência de que aviões comerciais e militares notificassem a China entrar na área. Na terça-feira, dois bombardeiros B-52 americanos sobrevoaram o local sem informar Pequim.
A China anunciou que imporia uma nova zona de vigilância aérea na área compreendida pelas Ilhas Senkaku, nome japonês, ou Diaoyu, denominação chinesa. A decisão, além de desafiar a reivindicação japonesa pelas ilhas, foi vista como uma afronta ao domínio dos EUA no Pacífico. Washington não se posiciona sobre a soberania das ilhas, mas reconhece o controle administrativo do Japão.
Coreia. Ainda ontem, a China rejeitou uma solicitação sul-coreana para revogar a zona de vigilância, mas abrandou sua exigência de que aviões comerciais notifiquem as autoridades militares sobre voos. Pressionadas pelo governo japonês, as duas maiores companhias aéreas do país já haviam cruzado a área sem notificar Pequim.
O vice-ministro da Defesa sul-coreano, Baek Seung-joo, e o subchefe do Estado-Maior Geral do Exército da China, Wang Guanzhong, participaram, em Seul, do diálogo anual de defesa entre os dois países. A medida chinesa foi o tema principal.
Na reunião, Baek exigiu que a China modificasse a zona de defesa aérea, já que ela se sobrepõe à da Coreia do Sul e cobre a região de Ieodo, controlada por Seul. A chancelaria sul-coreana convocou ainda o ministro-conselheiro da Embaixada da China no país, enquanto o chanceler Yun Byung-se advertiu que a decisão da China agravaria os conflitos já existentes na região. / EFE e REUTERS
Pequim reagiu com críticas às manobras. "O Japão não tem absolutamente nenhum direito de fazer comentários irresponsáveis sobre a zona de defesa", declarou o porta-voz do Ministério da Defesa chinês, Yang Yujun.
Já o porta-voz da chancelaria, Qin Gang, pediu uma retratação de Japão e EUA. "A China pede ao Japão e aos EUA que se retratem e parem de provocar atritos", disse.
Qin não respondeu se o governo chinês estuda o uso de força militar e enfatizou que todos os países devem cooperar para que os voos sejam seguros. "A zona de defesa aérea não é dirigida contra ninguém, nem pretende alterar o ritmo dos voos internacionais", afirmou Qin. "Compartilhamos interesses comuns em muitos campos e agora é muito importante que mantenhamos os acordos alcançados para promover a confiança mútua e a cooperação."
EUA, Japão e Coreia do Sul não aceitam a demarcação da zona de defesa aérea, considerada "extremamente perigosa". Washington rejeitou a exigência de que aviões comerciais e militares notificassem a China entrar na área. Na terça-feira, dois bombardeiros B-52 americanos sobrevoaram o local sem informar Pequim.
A China anunciou que imporia uma nova zona de vigilância aérea na área compreendida pelas Ilhas Senkaku, nome japonês, ou Diaoyu, denominação chinesa. A decisão, além de desafiar a reivindicação japonesa pelas ilhas, foi vista como uma afronta ao domínio dos EUA no Pacífico. Washington não se posiciona sobre a soberania das ilhas, mas reconhece o controle administrativo do Japão.
Coreia. Ainda ontem, a China rejeitou uma solicitação sul-coreana para revogar a zona de vigilância, mas abrandou sua exigência de que aviões comerciais notifiquem as autoridades militares sobre voos. Pressionadas pelo governo japonês, as duas maiores companhias aéreas do país já haviam cruzado a área sem notificar Pequim.
O vice-ministro da Defesa sul-coreano, Baek Seung-joo, e o subchefe do Estado-Maior Geral do Exército da China, Wang Guanzhong, participaram, em Seul, do diálogo anual de defesa entre os dois países. A medida chinesa foi o tema principal.
Na reunião, Baek exigiu que a China modificasse a zona de defesa aérea, já que ela se sobrepõe à da Coreia do Sul e cobre a região de Ieodo, controlada por Seul. A chancelaria sul-coreana convocou ainda o ministro-conselheiro da Embaixada da China no país, enquanto o chanceler Yun Byung-se advertiu que a decisão da China agravaria os conflitos já existentes na região. / EFE e REUTERS
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