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Dois meses depois de eleição, Merkel e centro-esquerda formam coalizão

Resultado é bom para o nosso país e tem um tom conservador, diz porta-voz da chanceler

 
 BERLIM - O partido conservador da chanceler alemã, Angela Merkel, sua corrente bávara - a União Social-Cristã (CSU) -, e os sociais-democratas, de centro-esquerda, fecharam acordo na madrugada desta quarta-feira, 27, para formar uma "grande coalizão" após negociações que avançaram pela noite, o que significa que Merkel deve conseguir formar um novo governo até o Natal.
Dois meses após a vitória da chanceler nas eleições e um mês depois do início das negociações entre os partidos, as duas principais forças políticas da Alemanha fecharam um acordo às 5h da manhã (2h no horário de Brasília).
"O resultado é bom para o nosso país e tem um tom conservador", disse Hermann Groehe, secretário-geral do partido de Merkel, a União Democrata-Cristã (CDU, na sigla em alemão). "Sem novos impostos e sem novas dívidas."
Martin Schulz, presidente do Parlamento Europeu e negociador do Partido Social-Democrata (SPD), descreveu o acordo como um "resultado excelente" para o partido, cuja participação no governo de Merkel ainda depende, no entanto, de uma votação interna entre os 474 mil filiados à legenda. O resultado da consulta deve ser divulgado no dia 14 de dezembro.
Segundo Merkel, a consolidação fiscal, o reforço do bem-estar geral e a melhora da justiça social são os três pilares do novo governo de coalizão. "A grande coalizão tem diante de si grandes tarefas."
O acordo tem mais de 170 páginas e tenta responder às principais reivindicações dos partidos, assumindo compromissos no valor de bilhões de euros. Antes do início das negociações, Merkel havia deixado claro que não haveria aumento de impostos no país.
Entre os pontos do acordo estão melhoras no sistema previdenciário e dois dos pontos-chave para o SPD: um salário mínimo de 8,5 euros por hora, estabelecido por lei a partir de 2015, e um compromisso para permitir a dupla nacionalidade.
Também está no acordo a aprovação, para o próximo ano, de um pedágio para os veículos estrangeiros nas estradas alemãs, respeitando a legislação europeia e que não represente custos adicionais para os motoristas alemães.
Se for formalizada a grande coalizão, na oposição restarão apenas o partido A Esquerda - que reúne os antigos comunistas da Alemanha Oriental e dissidentes do SPD -, com 64 cadeiras, e os Verdes, com 63, com quem Merkel cogitou governar./ REUTERS e EFE
Dois meses após a vitória da chanceler nas eleições e um mês depois do início das negociações entre os partidos, as duas principais forças políticas da Alemanha fecharam um acordo às 5h da manhã (2h no horário de Brasília).
"O resultado é bom para o nosso país e tem um tom conservador", disse Hermann Groehe, secretário-geral do partido de Merkel, a União Democrata-Cristã (CDU, na sigla em alemão). "Sem novos impostos e sem novas dívidas."
Martin Schulz, presidente do Parlamento Europeu e negociador do Partido Social-Democrata (SPD), descreveu o acordo como um "resultado excelente" para o partido, cuja participação no governo de Merkel ainda depende, no entanto, de uma votação interna entre os 474 mil filiados à legenda. O resultado da consulta deve ser divulgado no dia 14 de dezembro.
Segundo Merkel, a consolidação fiscal, o reforço do bem-estar geral e a melhora da justiça social são os três pilares do novo governo de coalizão. "A grande coalizão tem diante de si grandes tarefas."
O acordo tem mais de 170 páginas e tenta responder às principais reivindicações dos partidos, assumindo compromissos no valor de bilhões de euros. Antes do início das negociações, Merkel havia deixado claro que não haveria aumento de impostos no país.
Entre os pontos do acordo estão melhoras no sistema previdenciário e dois dos pontos-chave para o SPD: um salário mínimo de 8,5 euros por hora, estabelecido por lei a partir de 2015, e um compromisso para permitir a dupla nacionalidade.
Também está no acordo a aprovação, para o próximo ano, de um pedágio para os veículos estrangeiros nas estradas alemãs, respeitando a legislação europeia e que não represente custos adicionais para os motoristas alemães.
Se for formalizada a grande coalizão, na oposição restarão apenas o partido A Esquerda - que reúne os antigos comunistas da Alemanha Oriental e dissidentes do SPD -, com 64 cadeiras, e os Verdes, com 63, com quem Merkel cogitou governar./ REUTERS e EFE

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