Biden usará viagem à Ásia para acalmar ânimos na região
Vice americano vai alertar as autoridades de Pequim que o estabelecimento da nova zona de segurança da China pode trazer prejuízos à economia local
Joe Biden não deve fazer repreensão formal à China (Reuters)
Criada no último sábado, a “Zona de Identificação e Defesa Aérea” inclui o espaço aéreo sobre as ilhas Senkaku, minúsculo arquipélago também reivindicado pelo Japão. A medida provocou a fúria de Tóquio, que protestou dizendo que a nova zona aérea chinesa é “inaceitável” e agrava a já tensa relação entre os dois países.
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Apesar de os Estados Unidos terem criticado a manobra chinesa, acusando Pequim de desestabilizar a segurança regional, o vice-presidente americano não deverá fazer uma demanda formal ou um aviso à China. Segundo autoridades, Biden deve se limitar a advertir Pequim que tensões militares e territoriais podem prejudicar a economia e o comércio na região. Autoridades americanas disseram que a viagem servirá para mostrar o comprometimento dos EUA com seus aliados asiáticos e reforçar a posição do país como uma “força residente no Pacífico” a longo prazo.
Biden viaja no domingo para o Japão, onde se reunirá com o premiê Shinzo Abe. Depois seguirá para a China, onde conversa com o presidente Xi Jinping e o premiê Li Kegiang. A última parada será a Coreia do Sul, em uma visita que marcará o 60º aniversário do fim da Guerra da Coreia, quando os sul-coreanos contaram com o auxilio dos americanos para rechaçar uma invasão do Norte.
Coreia do Sul – Além de desagradar a japoneses e americanos, a nova zona de segurança chinesa também provocou protestos da Coreia do Sul. Nesta quinta-feira, o vice-ministro da Defesa sul-coreano, Baek Seung Joo, exigiu que a China modifique o traçado da área, já que parte dele viola o território da Coreia do Sul. O representante acusou o país vizinho de agir de forma unilateral e disse que Seul não reconhece a nova zona de defesa.
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