Pular para o conteúdo principal

Merkel e oposição fecham acordo para formar governo

Chanceler alemã terá apoio de 504 dos 631 deputados da Câmara baixa

Chanceler alemã, Angela Merkel falou com os jornalistas após reunião de seu partido, União Democrata Cristã (CDU), em Berlim
Chanceler alemã, Angela Merkel falou com os jornalistas após reunião de seu partido, União Democrata Cristã (CDU), em Berlim (EFE )
O bloco conservador alemão liderado pela chanceler Angela Merkel conseguiu na madrugada desta quarta-feira um acordo com o Partido Social-Democrata (SPD, na sigla em alemão) para formar uma coalizão de governo para os próximos quatro anos, antecipou a imprensa local após uma longa noite de negociações. A União Democrata-Cristã (CDU, na sigla em alemão), seu partido gêmeo na Baviera - União Social-Cristã (CSU, na sigla em alemão) - e o SPD chegaram a um acordo após mais de um mês de reuniões e mais de dois meses após a vitória de Merkel nas eleições gerais.
O último passo para oficializar a coalizão será uma consulta à militância do SPD, já que o partido se comprometeu a submeter um eventual acordo a seus mais de 470 mil filiados. Se passar por esse "teste" – o resultado da consulta é esperado para o dia 14 de dezembro –, Merkel poderá contar com o apoio de 504 dos 631 deputados da Câmara baixa. O acordo de governo exigiu a edição de um documento de mais de 170 páginas para alinhar as reivindicações dos três partidos da coalizão. Para atingir as metas estipuladas, serão assumidos compromissos no valor de bilhões de euros. No entanto, Merkel deixou claro que para financiar essas iniciativas não haverá aumento de impostos no país.

Leia também
Merkel vence eleição, e por pouco não faz maioria absoluta

Merkel diz que não há motivo para mudar sua política em relação à Europa
O acordo inclui melhoras no sistema previdenciário e dois dos pontos-chave para o SPD: a adoção de um salário mínimo nacional de 8,5 euros por hora, estabelecido por lei a partir de 2015, e um compromisso para permitir a dupla nacionalidade. A CSU da Baviera conseguiu também a aprovação, para o próximo ano, de um pedágio para os veículos estrangeiros nas estradas alemãs, respeitando a legislação europeia e que não represente custos adicionais para os motoristas alemães.
Está previsto que, ainda hoje, os líderes dos três partidos apresentem os detalhes do acordo, que, apesar das apostas que já são ventiladas pela imprensa local, adia a repartição formal dos ministérios até o resultado da consulta social-democrata. Será a segunda vez que Merkel vai liderar uma grande coalizão de governo, como aconteceu em sua primeira legislatura (2005-2009). Na última legislatura, Merkel optou por governar com o Partido Democrático Liberal, formação que nas eleições de 22 de setembro ficou fora do Bundestag (Câmara alemã) por não superar os 5% de votos necessários para entrar no Parlamento.
Se for confirmada a formalização da grande coalizão, na oposição restará apenas o partido A Esquerda - que reúne os antigos comunistas da Alemanha Oriental e dissidentes do SPD -, com 64 cadeiras; e os Verdes, com 63, com quem Merkel também cogitou governar no princípio.
(Com agência EFE e Estadão Conteúdo)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
uspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle Franco Há indícios de que alvos comandem Escritório do Crime, braço armado da organização, especializado em assassinatos por encomenda Chico Otavio, Vera Araújo; Arthur Leal; Gustavo Goulart; Rafael Soares e Pedro Zuazo 22/01/2019 - 07:25 / Atualizado em 22/01/2019 - 09:15 O major da PM Ronald Paulo Alves Pereira (de boné e camisa branca) é preso em sua casa Foto: Gabriel Paiva / Agência O Globo Bem vindo ao Player Audima. Clique TAB para navegar entre os botões, ou aperte CONTROL PONTO para dar PLAY. CONTROL PONTO E VÍRGULA ou BARRA para avançar. CONTROL VÍRGULA para retroceder. ALT PONTO E VÍRGULA ou BARRA para acelerar a velocidade de leitura. ALT VÍRGULA para desacelerar a velocidade de leitura. Play! Ouça este conteúdo 0:00 Audima Abrir menu de opções do player Audima. PUBLICIDADE RIO — O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (M
Nos 50 anos do seu programa, Silvio Santos perde a vergonha e as calças Publicidade DO RIO Para alguém conhecido, no início da carreira, como "o peru que fala", graças à vermelhidão causada pela timidez diante do auditório, Silvio Santos passou por uma notável transformação nos 50 anos à frente do programa que leva seu nome. Hoje, está totalmente sem vergonha. Mestre do 'stand-up', Silvio Santos ri de si mesmo atrás de ibope Só nos últimos meses, perdeu as calças no ar (e deixou a cena ser exibida), constrangeu convidados com comentários irônicos e maldosos e vem falando palavrões e piadas sexuais em seu programa. Está, como se diz na gíria, "soltinho" aos 81 anos. O baú do Silvio Ver em tamanho maior » Anterior Próxima Elias - 13.jun.65/Acervo UH/Folhapress Anterior Próxima Aniversário do "Programa Silvio Santos", no ginásio do Pacaembu, em São Paulo, em junho de 1965; na época, o programa ia ao ar p