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Professora da Malásia identifica irmã como uma das 'escravas de Londres'

A vítima seria Aishah Mautum, uma malaia que foi à Grã-Bretanha em 1968 para estudar

Sede da Scotland Yard no centro de Londres
Sede da Scotland Yard no centro de Londres (Reuters)
Uma professora aposentada na Malásia acredita que uma das três 'escravas de Londres' é sua irmã Aishah Mautum, que desapareceu após chegar à capital britânica em 1968 e unir-se a um grupo maoísta, revela nesta terça-feira o jornal britânico The Daily Telegraph. Kamar Mautum contou ao jornal que o desaparecimento de sua irmã levou à família uma grande angústia, pois não souberam nada sobre ela desde então.
Segundo Kamar Mautum, sua irmã frequentou bons colégios da Malásia e obteve uma bolsa de estudos da Comunidade Britânica de Nações para estudar em Londres. Aishah viajou à Grã-Bretanha em 1968 com seu namorado, Omar Munir, e sonhava em trabalhar e formar uma família, mas depois se envolveu em política e uniu-se a um grupo maoísta.

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Os sequestradores, segundo o jornal The Guardian, são Aravindan Balakrishnan, de origem indiana, e sua mulher, Chanda Balakrishnan, oriunda da Tanzânia. Ambos eram vinculados a um centro maoísta do bairro de Brixton, no sul de Londres, nos anos 70. Kamar disse que sua irmã e o namorado, Omar Munir, se sentiram atraídos pela organização Fórum de Estudantes da Malásia e Cingapura, que tinha reputação de ser um dos grupos maoístas mais radicais que operavam em Londres. Nos encontros do grupo, Aishah conheceu Aravindan Balakrishnan e sentiu grande admiração por ele, o que a levou a romper a relação com seu namorado.
De acordo com a imprensa britânica, Aravindan Balakrishnan, que nos anos 70 era conhecido como o 'camarada Bala' em círculos políticos de extrema esquerda, foi expulso em 1974 do Partido Comunista marxista-leninista da Inglaterra, no qual tinha chegado a ser membro do comitê central, por romper a disciplina da organização.
Histórico – Na semana passada, um casal, de identidade não revelada, foi detido apontado como responsável pelo encarceramento doméstico de três mulheres que permaneceram em regime análogo à escravidão durante mais de 30 anos, mas poucas horas depois foram libertados mediante pagamento de fiança. Embora a polícia não tenha revelado a identidade das três mulheres, as autoridades informaram que se trata de uma malaia de 69 anos, uma irlandesa de 57 e uma britânica de 30.
As três mulheres foram resgatadas em 25 de outubro depois que a irlandesa fez uma chamada de telefone, em 18 de outubro, à ONG Freedom Charity que, por sua vez, informou sobre a situação à polícia de Londres. A polícia indicou que as três sofreram abusos emocionais e físicos e que agora tenta esclarecer quais foram as 'algemas invisíveis' que as mantiveram sob domínio dos sequestradores por tanto tempo.

(Com agência EFE)

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