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Karzai ameaça não assinar pacto militar com os EUA após ataque com drone

Forças da Otan confirmam morte de criança no ataque e informam que abrirão investigação sobre o caso

O presidente afegão Hamid Karzai se econtrou hoje em Washington com Barack Obama
O presidente afegão Hamid Karzai e o presidente americano Barack Obama ( AFP)
O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, afirmou que o acordo militar com os Estados Unidos não será assinado se permanecer a “crueldade” contra os afegãos, após o ataque de um drone que matou uma criança, informou nesta sexta-feira a imprensa local. Um comandante talibã e uma criança de oito anos morreram e duas mulheres ficaram feridas na quinta-feira após o bombardeio de um avião não-tripulado americano na província de Helmand, no sul do país, disse o porta-voz do governo local, Umar Zwak.
“O acordo de segurança com os Estados Unidos não será assinado se presseguirem as operações arbitrárias das forças estrangeiras contra nosso povo”, disse Karzai em comunicado publicado pelo jornal digital Khaama. “Este ataque mostra que as forças americanas não têm respeito pelas vidas dos afegãos, pela segurança de seus lares nem pelas decisões da Loya Jirga [assembleia afegã]”, ressaltou o presidente.

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Investigação – As forças da Otan no Afeganistão confirmaram em comunicado em seu site que ocorreu um ataque aéreo contra um insurgente em Helmand e demonstraram “'arrependimento” pela morte de vítimas civis. “A Otan se arrepende de qualquer vítima civil causada pelo ataque aéreo de ontem”, disse a organização militar. As Forças do Atlântico Norte confirmaram também que vão investigar o ataque aéreo que matou uma criança.
O bombardeio com drones aconteceu pouco dias depois que a Loya Jirga aprovou um pacto militar com os EUA para depois de 2014, quando as tropas ocidentais forem totalmente retirada do país, embora Karzai queira adiar a assinatura do acordo para depois das eleições do ano que vem. O projeto do acordo prevê a presença no país de entre 10 000 e 15 000 soldados americanos de 2015 até 2024.
(Com agências EFE e Reuters)

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