Biden pedirá à China que esclareça intenções
Vice-presidente americano se encontrará com chineses na próxima semana e tratará de tensão
WASHINGTON - Durante encontro que terá com líderes chineses na próxima semana, o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, pedirá esclarecimentos sobre as intenções de Pequim em relação à recém-criada Zona de Identificação de Defesa Aérea (Zida), que se transformou no novo foco de tensão geopolítica da região por abranger territórios reivindicados pelo Japão.
Anunciada no início de novembro e planejada para fortalecer os laços econômicos dos EUA com China, Japão e Coreia do Sul, a viagem de Biden deverá ser dominada pela determinação adotada pelos chineses no sábado.
Segundo um integrante do governo americano, o vice-presidente apresentará a questão da Zida no contexto das preocupações de Washington com um "emergente padrão de comportamento da China" em relação a disputas com seus vizinhos, que estaria causando inquietação na região.
Ao mesmo tempo, Biden reafirmará o "sólido" compromisso dos EUA com seus aliados asiáticos.
Além do Japão, a nova zona aérea afeta a Coreia do Sul. E pretensões territoriais chinesas em outra região englobam áreas que as Filipinas consideram suas.
Sem contar com o compromisso de defender os aliados na região, os EUA têm o interesse estratégico de evitar o agravamento da tensão em uma região que abriga a segunda e a terceira maiores economias do mundo, observou o integrante do governo Barack Obama em um briefing sobre a viagem de Biden.
Ontem, os EUA ignoraram a nova zona aérea estabelecida pela China e enviaram dois aviões B-52 para missão de treinamento na região, onde estão as ilhas conhecidas em chinês como Diaoyu e em japonês como Senkaku, disputadas por Pequim e Tóquio.
Horas antes, ampliando a atmosfera de tensão e demonstração de força, o regime chinês enviou para a região seu primeiro e único porta-aviões, o Liaoning.
Apesar de não ter obedecido às exigências para entrar na Zida chinesa - entre as quais a notificação e apresentação prévia de seu plano de voo -, as aeronaves se deslocaram sem problema por cerca de uma hora.
Na quarta-feira, 27, o Ministério da Defesa da China anunciou que a Força Aérea do país monitorou os aviões e os identificou como americanos.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Qin Gang, afirmou que outros países não precisam "fazer alarde" ou "entrar em pânico" em razão da Zida.
Segundo ele, Pequim vai criar zona aérea semelhante no Mar do Sul da China, onde há disputas territoriais com as Filipinas e o Vietnã.
O governo chinês sustenta que as Zidas são um mecanismo necessário de autodefesa e permitiriam a identificação - e eventual derrubada - de aviões de combate que se aproximem do país.
O problema, no entender dos americanos, é que a região delimitada está no espaço aéreo internacional ou no de países vizinhos.
A exigência de identificação e apresentação de planos de voo tem impacto sobre a aviação civil e também sobre atividades militares na região, afirmou um integrante do governo de Barack Obama.
"Nós temos preocupações reais com esse movimento dos chineses porque ele levanta sérias questões sobre suas intenções. Ele provoca fricção e incerteza. Ele constitui uma mudança unilateral do status quo na região, uma região já carregada. E ele aumenta os riscos de erros de cálculo e os riscos de acidentes", prosseguiu a fonte.
Anunciada no início de novembro e planejada para fortalecer os laços econômicos dos EUA com China, Japão e Coreia do Sul, a viagem de Biden deverá ser dominada pela determinação adotada pelos chineses no sábado.
Segundo um integrante do governo americano, o vice-presidente apresentará a questão da Zida no contexto das preocupações de Washington com um "emergente padrão de comportamento da China" em relação a disputas com seus vizinhos, que estaria causando inquietação na região.
Ao mesmo tempo, Biden reafirmará o "sólido" compromisso dos EUA com seus aliados asiáticos.
Além do Japão, a nova zona aérea afeta a Coreia do Sul. E pretensões territoriais chinesas em outra região englobam áreas que as Filipinas consideram suas.
Sem contar com o compromisso de defender os aliados na região, os EUA têm o interesse estratégico de evitar o agravamento da tensão em uma região que abriga a segunda e a terceira maiores economias do mundo, observou o integrante do governo Barack Obama em um briefing sobre a viagem de Biden.
Ontem, os EUA ignoraram a nova zona aérea estabelecida pela China e enviaram dois aviões B-52 para missão de treinamento na região, onde estão as ilhas conhecidas em chinês como Diaoyu e em japonês como Senkaku, disputadas por Pequim e Tóquio.
Horas antes, ampliando a atmosfera de tensão e demonstração de força, o regime chinês enviou para a região seu primeiro e único porta-aviões, o Liaoning.
Apesar de não ter obedecido às exigências para entrar na Zida chinesa - entre as quais a notificação e apresentação prévia de seu plano de voo -, as aeronaves se deslocaram sem problema por cerca de uma hora.
Na quarta-feira, 27, o Ministério da Defesa da China anunciou que a Força Aérea do país monitorou os aviões e os identificou como americanos.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Qin Gang, afirmou que outros países não precisam "fazer alarde" ou "entrar em pânico" em razão da Zida.
Segundo ele, Pequim vai criar zona aérea semelhante no Mar do Sul da China, onde há disputas territoriais com as Filipinas e o Vietnã.
O governo chinês sustenta que as Zidas são um mecanismo necessário de autodefesa e permitiriam a identificação - e eventual derrubada - de aviões de combate que se aproximem do país.
O problema, no entender dos americanos, é que a região delimitada está no espaço aéreo internacional ou no de países vizinhos.
A exigência de identificação e apresentação de planos de voo tem impacto sobre a aviação civil e também sobre atividades militares na região, afirmou um integrante do governo de Barack Obama.
"Nós temos preocupações reais com esse movimento dos chineses porque ele levanta sérias questões sobre suas intenções. Ele provoca fricção e incerteza. Ele constitui uma mudança unilateral do status quo na região, uma região já carregada. E ele aumenta os riscos de erros de cálculo e os riscos de acidentes", prosseguiu a fonte.
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