Pastor Feliciano reafirma que não renuncia e desafia líderes da Câmara
Irritado, presidente da Comissão de Direitos Humanos disse que pergunta de repórter era 'estúpida'
BRASÍLIA - O presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Câmara, deputado
Pastor Feliciano (PSC-SP), reafirmou nesta quarta-feira, 27, que não vai
renunciar ao cargo em hipótese alguma e desafiou o colégio de líderes da Casa,
que junto com o presidente, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), vai pedir a ele
para deixar o cargo e por fim à crise iniciada com sua eleição. "Não renuncio de
jeito nenhum. O que os líderes podem fazer com a minha vida? Eu fui eleito pelo
voto popular e pelo voto do colegiado", disse.
Feliciano foi na manhã desta quarta-feira à Embaixada da Indonésia entregar
um pedido de clemência em favor de dois brasileiros condenados à pena de morte
por tráfico de drogas naquele país. Segundo o deputado, noticiário internacional
indica que os dois figuram numa lista de estrangeiros que estariam prestes a
serem executados por fuzilamento.
Veja
também:
Ouça o áudio da entrevista
PSC reage e pede renúncia de petistas condenados
CENÁRIO: Evangélicos estão no espaço recusado pelos partidos
Ouça o áudio da entrevista
PSC reage e pede renúncia de petistas condenados
CENÁRIO: Evangélicos estão no espaço recusado pelos partidos
Feliciano concede entrevista a jornalistas
na porta da Embaixada da Indonésia
'Pergunta estúpida'. Indagado se o
momento é oportuno para fazer esse tipo de apelo, em razão da crise na Comissão
e de sua fragilidade no cargo, o pastor mostrou-se muito irritado. "Essa
é uma pergunta estúpida. E lá existe tempo para fazer pedido de clemência?",
questionou. Em seguida, dirigindo-se aos jornalistas, ele
prosseguiu: "Vocês estão ultrapassando o meu limite de espaço. Estou aqui por um
assunto sério e vocês estão de brincadeira".
Depois, Feliciano reafirmou que não existe crise alguma na Comissão de
Direitos Humanos e que vai tocar seu trabalho com tranquilidade. "O que está em
crise são vocês, falando besteiras e coisas que não existem". "Já fizemos duas
sessões, e na primeira votamos toda a pauta; na segunda, só fui impedido por
causa do tempo", contou Feliciano, alheio aos protestos sociais contra a sua
permanência na presidência da Comissão. Ele confirmou que nesta quarta-feira, às
14 horas, haveria a terceira sessão da Comissão, mas não soube dizer se seria
aberta ou fechada.
Comentários
Postar um comentário