Pular para o conteúdo principal

Fernanda, a Barbie Turbinada, vence o 'BBB13'


A advogada que amou sem medidas e se entregou sem qualquer pudor às amigas ciumentas leva o prêmio máximo após 78 dias de confinamentoão

  •  
Fernanda na final do BBB13
Fernanda na final do BBB13 - Reprodução

É de Fernanda o prêmio de 1,5 milhão de reais do BBB13. Depois de 78 dias de confinamento, a advogada foi a escolhida do público, que lhe deu 62,79% dos votos. A força de um casal dessa vez não foi suficiente para desbancar a força da mineira - Nasser ficou em segundo lugar, com 28,29% dos votos (e 150 mil reais), e Andressa, em terceiro, com 8,92% (e 50 mil reais). Para chegar ao prêmio, Fernanda passou por três paredões, um deles contra seu príncipe André. A loira, que de burra não tem nada, conquistou o público e conseguiu convencer, como uma boa advogada, que mais vale um campeão que cometeu erros por viver o confinamento intensamente do que quem nunca esqueceu as câmeras e o jogo.


"O que você faz sem saber, sem querer, é o que te faz ganhar o BBB", disse Pedro Bial, antes de anunciar a "doutora" como campeã. Incrédula, a mineira já parecia não acreditar ao ver Andressa saindo como terceira colocada, pouco antes. "Você não está sonhando", completou o apresentador ao abraçar a loira. "Meu Deus do céu, eu não estou acreditando, você está errado", gritava ela, que ofereceu o prêmio a toda a família que a aplaudia. "Você mereceu cada centavo", derreteu-se, ainda, Bial. Entre os demais eliminados, André celebrava com um sorriso tímido, de quem não sabe o que fazer com uma namorada milionária.


No último paredão do BBB13, Fernanda contou para a concorrente Natália que preparou três malas para levar para o programa. Duas continham roupas, sapatos e maquiagens, e a outra guardava lembranças de tudo de mais importante que a mineira deixou fora da casa: diploma, família, amigos e história. Antes de cruzar a porta de entrada do reality show, Fernanda decidiu largar a terceira mala, e abandonou fora da casa toda a sua pesada bagagem histórica e emocional, que poderia frear ou fortalecer o jogo. Totalmente entregue, a advogada se jogou de coração no Big Brother Brasil 13. No primeiro momento, a loira causou estranhamento. Ela errou, insistiu, acertou e, no fim, conquistou o príncipe, o público e o grande prêmio de 1,5 milhão de reais.


Fernanda Keulla não passou despercebida no programa. Seja por suas insistentes investidas no “príncipe” André, por sua parceria explosiva com Kamilla, ou pelo estranho hábito de tirar pelos do rosto com gilete, a mineira surpreendeu. A loira e bombada, chamada nos primeiros dias de “Barbie Turbinada” logo foi trocando o apelido para “princesa”, e mostrando para o público que uma sister pode ser bonita, inteligente, boa jogadora e justa. A advogada sempre ficou na tênue linha entre a intensa entrega divertida e exagerada, mas conseguiu, com sua boa capacidade de argumentação, expor suas fraquezas sem se comprometer no jogo. Fernanda brigou com a melhor amiga, com o namorado, jogou bebidas nas pessoas, bebeu demais, e ainda assim ganhou o público, que se identificou com as trapalhadas, erros e tentativas de melhorar da mineira.


Trajetória – No início do programa a loira parecia mais uma patricinha mimada, e a imagem só ficou mais forte após ela escolher o brother mais bonito da casa para ser seu ‘príncipe’. André não queria, mas ela persistia no conto de fadas, causando rejeição do público por tanta insistência. Após inúmeros foras, a mineira decidiu, enfim, se contentar com a amizade do galã, dando então espaço para ele - e o público - conhecerem a verdadeira Fernanda.

Andressa e a advogada tiveram uma amizade à primeira vista, mas a escolha de lados opostos afastou as novas melhores amigas, que chegaram a comparar a relação com um namoro à distância. A esteticista passava boa parte do tempo cuidando de seu triângulo formado com Nasser, seu namorado, e o professor Ivan. Carente, a advogada achou atenção nos braços de Kamilla, a miss que chegou da Casa de Vidro sem conseguir se enturmar com os participantes já confinados. Fernanda parecia ter encontrado a sua cara-metade e passava o dia inteiro com a paraense. Espontâneas, as duas brincavam, riam, faziam palhaçadas e cantavam (para a tristeza dos outros confinados). Para ajudar a nova amiga, a advogada partiu em romaria pela casa, tentando convencer que, apesar das cantorias, Kamilla era uma boa pessoa e não merecia tantos votos.



Lembre o que foi destaque no BBB13

 
 
 
 
 
 

A volta dos ex-BBBs que deram o que falar

Kléber Bambam (BBB1), Dhomini (BBB3), Fani (BBB7), Eliéser (BBB10), Natália (BBB8) e Anamara (BBB10) foram os veteranos resgatados por Boninho para agitar a 13ª edição. Os regressos colocaram medo nos novatos, mas logo Bambam desistiu e Dhomini foi eliminado. Anamara e Elieser até brigaram - como sempre - e não foram perdoados no paredão. Fani e Natália pouco lembravam as periguetes que o público conhecia e assumiram uma postura coadjuvante no jogo dos calouros. A única sobrevivente na final reta era Natália, que ao se fazer de "amiga de toda a casa" acabou sendo esquecida no confessionário.




O jogo – Após a saída de Yuri, André se aliou à nova dupla, que também carregou Elieser, novo par romântico de Kamilla. Eles formaram o chamado “Quarteto Fantástico”. À medida que Fernanda conseguia mostrar mais seus valores, além da loira mimada da estreia, a sister foi conquistando André, e sem saber o público. Envolvido por mais que o corpo bonito, o capixaba enfim se rendeu ao conto de fadas, e se tornou um verdadeiro príncipe.

A aliança do quarteto era cada vez mais forte. Em uma prova de resistência, Fernanda desistiu para dar a imunidade à Kamilla, a mais ameaçada pelo grupo de Nasser. Semanas depois, foi a vez de André abdicar da liderança pela namorada, também após longas horas de prova de resistência. A convivência dos dois casais aliados parecia perfeita, até que Elieser atendeu uma ligação do Big Fone e foi eliminado do paredão, deixando Kamilla sozinha. A miss tentava suprir a carência com a amizade de Fernanda, exigindo cada vez mais da mineira.


Entre amigas – Andressa e Kamilla eram as melhores amigas de Fernanda, mas não se gostavam. A esteticista achava a paraense exagerada e irritante, enquanto a miss não concordava com atitudes e estratégias da paranaense de Cianorte. Aos poucos a rixa passou a afetar Fernanda, que ora era puxada por uma, ora por outra. Assim que ganhou a liderança, a mineira foi questionada pela esteticista sobre quem escolheria defender. Andressa chorou e fez Fernanda chorar dizendo que a amiga teria que escolher entre as duas amigas e optaria pela miss. Contudo, a esteticista sabia que a situação não iria acontecer, já que ela mesmo colocaria Kamilla no paredão, com um poder concedido pela Caixa Surpresa. Kamilla também não deixava barato e fazia inúmeras vezes cenas de ciúmes de Andressa. Com tanta cobrança, a amizade começou a ficar estremecida, até que Kamilla foi eliminada.

Nos últimos dias de confinamento, foi a vez de Andressa abalar a amizade com Fernanda. Apesar de ter a opção de votar em Natália, a esteticista indicou Fernanda em uma votação, e a loira acabou enfrentando um paredão com André, seu namorado. O capixaba foi eliminado, Fernanda chorou, fez até um boneco no estilo Maria Eugênia, de Bambam no BBB1, mas logo perdoou Andressa e Nasser por colocarem o casal na berlinda.

"Estou aqui por 1,5 milhão de reais, acha que vou me preocupar com coisa pequena, Nasser?", disse a advogada. Uma marca da passagem da loira pelo BBB13 foi, sem dúvida, a capacidade de conversar, escutar e tentar entender seus adversários. E ainda, a surpreendente entrega para o programa, que foi sabiamente contado com a metáfora da terceira mala – a da carreira, história, família e lembranças – deixada na porta do confinamento. Fernanda, de fato, soube entrar no jogo de Boninho, jogou, errou, acertou, entregou-se de corpo, alma e apliques, e fez diferença história no programa.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com par
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estimular