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Força Nacional irá impedir manifestações em Belo Monte

Decisão publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira desagradou movimento sociais, que consideram que a portaria reprime a luta por direitos

 

CUIABÁ - A Força Nacional de Segurança Pública, que já vinha atuando no Estado do Pará, vai fazer a segurança das obras de infraestrutura energética em andamento no Estado como, por exemplo, a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu.

A decisão, segundo a coordenadora do Movimento Xingu Vivo para Sempre, Antonia Melo, "escandalizou" os movimentos sociais. Para ela, é uma maneira de "reprimir" manifestação de luta por direitos. Melo disse que "colocar a Força Nacional é virar as costas às manifestações populares das comunidades indígenas e ribeirinhas cujos direitos não vêm sendo atendidos e reprimi-las com o uso da força".

A decisão de colocar a Força Nacional para proteger obras de infraestrutura aconteceu por pedido do Ministério de Minas e Energia em aviso ministerial enviado no dia 21 de março, quando ribeirinhos e lideranças indígenas paralisavam pela oitava vez canteiros da Belo Monte. A portaria nº 1.035 foi publicada nesta segunda-feira, 25, no Diário Oficial da União.

De acordo com a portaria, o emprego da Força Nacional no Pará tem "o objetivo de garantir incolumidade das pessoas, do patrimônio e a manutenção da ordem pública nos locais em que se desenvolvem as obras, demarcações, serviços e demais atividades atinentes ao Ministério de Minas e Energia".

A tropa vai atuar por 90 dias, prazo que pode ser prorrogado de acordo com a necessidade, segundo o Ministério de Minas e Energia. "Os policiais vão atuar no sentido de evitar a paralisação das obras e o fechamento das vias de acesso ao empreendimento", informou a assessoria do órgão.

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