Nascimento afirma que Borges está confirmado no Ministério dos Transportes
O presidente do PR, senador Alfredo Nascimento (AM), afirmou ontem a dois colegas do Senado que “fez o novo ministro do partido”. Relatou que sera o ex-senador e atual vice-presidente do Banco Brasil, César Borges, o novo ministro dos Transportes. Não há confirmação oficial, ainda, por parte do PR nem do Planalto, mas informalmente até adversarios da nomeação de Borges confirmaram.
A comemoração de Nascimento surpreendeu – e irritou – a bancada da Câmara, que quer um dos seus à frente da pasta. Os deputados sabiam que o nome de César Borges tinha a simpatia do Planalto, mesmo sem o respaldo da bancada. O que não sabiam é que o presidente da sigla, Alfredo Nascimento, defenestrado do cargo na “faxina” feita pela presidente Dilma Rousseff, trabalhava para emplacá-lo.
A celebração com senadores repercutiu negativamente entre os deputados, que se sentiram traídos.
A movimentação de Nascimento pró-César Borges irritou, principalmente, o líder da bancada, Anthony Garotinho (RJ), que foi alijado das discussões. Dois nomes de deputados federais haviam sido oferecidos e recusados pelo Planalto: o do ex-líder Luciano Castro (RR) e o de Jaime Martins (MG), ligado ao ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel. Os deputados achavam que Nascimento ainda trabalhava por um deles.
O nome de Borges teria sido selado em uma reunião que não constou da agenda da presidente na semana passada. Participaram da conversa, além de Dilma, Alfredo Nascimento, o senador Antônio Carlos Rodrigues (PR-SP) e o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que tem participado das articulações em torno da reforma ministerial. A reunião com o PR estava agendada para ontem (26), mas Dilma não quis embarcar para a África do Sul deixando essa pendência.
O PR tem uma bancada de 37 deputados e seis senadores. Uma liderança da bancada federal afirma que a nomeação de César Borges deixará os deputados insatisfeitos da mesma forma, como se continuassem sem ministério. “É um nome que não representa o partido. Se não é para ter um dos nossos, é melhor continuar com o Paulo Sérgio (Passos), que é um técnico e já o conhecemos”, reclamou.
Durante as negociações, uma das justificativas do Planalto para rejeitar os nomes dos deputados foi de que a presidente não queria um “político” no comando da pasta. Mas os rejeitados não engoliram essa explicação.
É fato que César Borges é engenheiro civil formado, e chegou a dar aulas na Universidade Federal da Bahia, o que lhe dá também perfil técnico para o cargo. Está sem mandato, já que chegou em terceiro lugar na disputa ao Senado em 2010.
Entretanto, é um político forjado pelas mãos de Antônio Carlos Magalhães. Com a ajuda do ex-presidente do Senado, elegeu-se governador da Bahia e senador. Borges deixou o PFL (hoje DEM) em 2007, para se tornar o presidente regional do PR.
A condição para que o PR retome o comando do Ministério dos Transportes é de manter a atual estrutura da pasta. Além disso, o Planalto não sente insegurança em reabilitar o partido no ministério, porque já teve parte de suas funções trasnferidas para a Empresa de Planejamento Logístico (EPL), estatal de logística de infraestrutura onde Dilma acomodou Bernardo Figueiredo, um técnico de sua confiança.
A comemoração de Nascimento surpreendeu – e irritou – a bancada da Câmara, que quer um dos seus à frente da pasta. Os deputados sabiam que o nome de César Borges tinha a simpatia do Planalto, mesmo sem o respaldo da bancada. O que não sabiam é que o presidente da sigla, Alfredo Nascimento, defenestrado do cargo na “faxina” feita pela presidente Dilma Rousseff, trabalhava para emplacá-lo.
A celebração com senadores repercutiu negativamente entre os deputados, que se sentiram traídos.
A movimentação de Nascimento pró-César Borges irritou, principalmente, o líder da bancada, Anthony Garotinho (RJ), que foi alijado das discussões. Dois nomes de deputados federais haviam sido oferecidos e recusados pelo Planalto: o do ex-líder Luciano Castro (RR) e o de Jaime Martins (MG), ligado ao ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel. Os deputados achavam que Nascimento ainda trabalhava por um deles.
O nome de Borges teria sido selado em uma reunião que não constou da agenda da presidente na semana passada. Participaram da conversa, além de Dilma, Alfredo Nascimento, o senador Antônio Carlos Rodrigues (PR-SP) e o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que tem participado das articulações em torno da reforma ministerial. A reunião com o PR estava agendada para ontem (26), mas Dilma não quis embarcar para a África do Sul deixando essa pendência.
O PR tem uma bancada de 37 deputados e seis senadores. Uma liderança da bancada federal afirma que a nomeação de César Borges deixará os deputados insatisfeitos da mesma forma, como se continuassem sem ministério. “É um nome que não representa o partido. Se não é para ter um dos nossos, é melhor continuar com o Paulo Sérgio (Passos), que é um técnico e já o conhecemos”, reclamou.
Durante as negociações, uma das justificativas do Planalto para rejeitar os nomes dos deputados foi de que a presidente não queria um “político” no comando da pasta. Mas os rejeitados não engoliram essa explicação.
É fato que César Borges é engenheiro civil formado, e chegou a dar aulas na Universidade Federal da Bahia, o que lhe dá também perfil técnico para o cargo. Está sem mandato, já que chegou em terceiro lugar na disputa ao Senado em 2010.
Entretanto, é um político forjado pelas mãos de Antônio Carlos Magalhães. Com a ajuda do ex-presidente do Senado, elegeu-se governador da Bahia e senador. Borges deixou o PFL (hoje DEM) em 2007, para se tornar o presidente regional do PR.
A condição para que o PR retome o comando do Ministério dos Transportes é de manter a atual estrutura da pasta. Além disso, o Planalto não sente insegurança em reabilitar o partido no ministério, porque já teve parte de suas funções trasnferidas para a Empresa de Planejamento Logístico (EPL), estatal de logística de infraestrutura onde Dilma acomodou Bernardo Figueiredo, um técnico de sua confiança.
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