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Sarkozy chama acusações de “injustas e infundadas”


Ex-presidente francês foi acusado de abusar de fragilidade da herdeira da marca de cosméticos L’Oréal, para levantar fundos para sua campanha


Nicolas Sarkozy lamenta sua derrota contra Hollande
Nicolas Sarkozy lamenta sua derrota contra Hollande

O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy chamou de “injustas e infundadas” as acusações de ter abusado da fragilidade da octogenária herdeira da L’Oréal, Liliane Bettencourt, para levantar fundos ilegais para sua campanha presidencial em 2007. Nesta segunda-feira, o político postou em seu perfil no Facebook um texto agradecendo a todos que lhe deram apoio e disse que limparia seu nome.





“Eu vou dedicar toda minha energia para mostrar minha probidade e minha honestidade. A verdade triunfará. Eu não duvido disso. Eu não pedirei nenhum tratamento especial a não ser aquele ao qual todo o cidadão tem o direito, uma justiça imparcial e serena. É porque tenho confiança na instituição judiciária que usarei as vias do direto que são abertas a todos”, escreveu Sarkozy, que assegurou que nunca trairia seus deveres públicos. O político, que gozava de imunidade até junho passado, perdeu o privilégio depois de ser derrotado por François Hollande nas eleições.



Leia também: Sarkozy vítima de confusão entre Bettencourt e Betancourt



O abuso de fragilidade consiste na exploração de uma pessoa físico ou psicologicamente vulnerável, fazendo-a assumir algum compromisso que ela é incapaz de avaliar. Liliane Bettencourt sofre do mal de Alzheimer e de uma “demência mista”, de acordo com um relatório médico divulgado pela imprensa francesa em outubro de 2011.



No dia em que seu cliente foi formalmente acusado, o advogado do ex-presidente, Thierry Herzog, colocou em questão a imparcialidade do juiz Jean-Michel Gentil, dizendo que ele estava mais interessado em incriminar o réu do que em ouvir os dois lados da história. Partidários de Sarkozy foram à televisão e ao rádio defender seu aliado. O ex-ministro da indústria, Christian Estrosi, sugeriu que o início da investigação foi motivado para distrair a atenção de um escândalo que ronda um dos ministros de Hollande.



O caso pode levar anos para ser concluído e, caso Sarkozy seja condenado, a pena pode chegar a três anos de prisão. Mesmo com as acusações, uma pesquisa publicada no último domingo pelo jornal francês Le Parisien indicou que 63% das pessoas consideram que o caso não impedirá o ex-mandatário de voltar à política. O político já deu repetidas demonstrações de que poderá voltar a concorrer ao cargo de chefe do Executivo na França em 2017.

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