Papa lidera vigília de Páscoa na Basílica de São Pedro
Em sermão, pontífice orienta fiéis a não temer "as surpresas de Deus"
O papa Francisco presidiu a missa solene de vigília de Páscoa na Basílica de São Pedro, a primeira de seu pontificado, para introduzir a Igreja Católica no dia mais importante de seu calendário litúrgico. No sermão, o pontífice orientou os fiéis a não temer "as surpresas de Deus".
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A cerimônia começou no átrio da basílica, onde Francisco acendeu o Círio Pascoal, símbolo de Cristo. Francisco usou um furador para fazer uma incisão sobre o círio, gravando uma cruz e o número do ano 2013, e pronunciou em latim: "Cristo ontem e hoje, princípio e fim, alfa e ômega. A Ele pertence o tempo e os séculos, a Ele a glória e o poder por muitos e muitos séculos".
A imensa basílica permaneceu escura no início da cerimônia para relembrar a escuridão na tumba de Jesus antes da ressurreição, três dias após sua crucificação, segundo a tradição cristã. Cerca de 10.000 fiéis acenderam velas à medida que Francisco, o ex-cardeal Jorge Bergoglio, da Argentina, caminhava pelo corredor principal. Em seguida, as luzes da basílica se acenderam.
Francisco, de 76 anos de idade, usando vestes brancas relativamente simples - ao contrário das roupas mais elaboradas preferidas por seu antecessor, Bento XVI - relembrou a história bíblica das mulheres que foram ao túmulo de Jesus e ficaram surpresas ao encontrá-lo vazio. Instou os fiéis a nunca perder a confiança durante as dificuldades e atribulações da vida diária e pediu àqueles que tenham se desviado da fé que deixem que Deus retorne para suas vidas. "Deixe Jesus ressuscitado entrar em sua vida, acolhê-lo como um amigo, com confiança. Ele é a vida. Se até agora você o tem mantido à distância, dê um passo à frente. Ele o receberá de braços abertos", disse o papa em italiano.
A vigília pascal, ou lucernário, é um dos ritos mais antigos da liturgia e é celebrado na noite do Sábado de Aleluia, que Santo Agostinho chamou de 'a mãe de todas as vigílias', em alusão à espera pela ressurreição do Filho de Deus, segundo creem os cristãos.
No domingo de Páscoa, ele vai celebrar outra missa e, em seguida, dirigirá aos fiéis a tradicional benção "Urbi et Orbi" (à cidade e ao mundo) do balcão central da Basílica de São Pedro. A varanda é o mesmo local onde ele apareceu pela primeira vez ao mundo como papa, na noite de 13 de março.
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