Aeronaves dos EUA foram à Coreia fazer diplomacia, não guerra
O bombardeiro B-2 - invisível a radares e capaz de transportar armas
nucleares - já foi usado pelos EUA em situações bélicas no Iraque e na Líbia,
mas desta vez ele está a serviço da diplomacia.
Na quinta-feira, Washington mobilizou dois duas dessas aeronaves com asas de morcego para um inédito exercício militar nos céus da Coreia do Sul.
Autoridades disseram que havia dois objetivos em vista: tranquilizar a Coreia do Sul e o Japão, aliados dos EUA, diante das ameaças norte-coreanas, e pressionar Pyongyang, a capital da Coreia do Norte, a retomar as negociações sobre o seu arsenal nuclear.
O que ninguém sabe é se o jovem líder norte-coreano, Kim Jong-un, interpretará a mensagem do jeito que a Casa Branca espera. A primeira reação dele, segundo a imprensa estatal norte-coreana, foi ordenar que os mísseis do seu país fiquem preparados para atacar os Estados Unidos e a Coreia do Sul.
Um alto funcionário dos EUA disse que o falecido pai e antecessor de Kim, Kim Jong-il, era pelo menos mais previsível: ele fazia ameaças que chamavam a atenção do mundo, mas sem provocar um conflito aberto, e então usava tal situação para alavancar negociações diplomáticas subsequentes.
Agora, analistas de inteligência dos EUA se dividem sobre se Kim Jong-un segue ou não a mesma estratégia. "É um pouco como o 'façam suas apostas' do momento", disse o funcionário, sob anonimato.
Essa fonte disse que a ideia de incluir um bombardeio simulado no exercício anual conjunto dos EUA e Coreia do Sul, chamado "Filhote de Águia", surgiu de discussões que abrangeram vários setores do governo norte-americano, a respeito de como sinalizar a Seul e Tóquio de que Washington os apoiariam em caso de crise.
Está menos claro se Washington informou de antemão isso à China, país vizinho e aliado da Coreia do Norte.
O plano foi aprovado pela Casa Branca e coordenado com a Coreia do Sul e Japão, segundo a fonte.
O B-2, que tem autonomia para voos longos - o recorde é de 44 horas - precisou de aproximadamente 37,5 horas no ar para ir da Base Aérea de Whiteman, no Missouri, até a Coreia, e então voltar, segundo fontes da Força Aérea.
Num momento em que a Coreia do Norte ameaça bombardear o território continental dos EUA e também bases norte-americanas em Guam e no Havaí, o voo parecia servir para demonstrar como os EUA teriam facilidade em reagir a uma agressão norte-coreana.
Bem menos claro está se a Coreia do Norte, que acumula sucessos e fracassos em seus testes de mísseis, teria como cumprir suas ameaças contra os EUA.
A fonte oficial dos EUA disse que, após a conclusão dos exercícios, o governo Obama espera se voltar para uma abordagem diplomática à Coreia do Norte, na esperança de que haja reciprocidade.
O secretário norte-americano de Estado, John Kerry, deve viajar em cerca de duas semanas ao Leste da Ásia, e outros funcionários graduados dos EUA devem se dirigir à região na sequência.
Na quinta-feira, Washington mobilizou dois duas dessas aeronaves com asas de morcego para um inédito exercício militar nos céus da Coreia do Sul.
Autoridades disseram que havia dois objetivos em vista: tranquilizar a Coreia do Sul e o Japão, aliados dos EUA, diante das ameaças norte-coreanas, e pressionar Pyongyang, a capital da Coreia do Norte, a retomar as negociações sobre o seu arsenal nuclear.
O que ninguém sabe é se o jovem líder norte-coreano, Kim Jong-un, interpretará a mensagem do jeito que a Casa Branca espera. A primeira reação dele, segundo a imprensa estatal norte-coreana, foi ordenar que os mísseis do seu país fiquem preparados para atacar os Estados Unidos e a Coreia do Sul.
Um alto funcionário dos EUA disse que o falecido pai e antecessor de Kim, Kim Jong-il, era pelo menos mais previsível: ele fazia ameaças que chamavam a atenção do mundo, mas sem provocar um conflito aberto, e então usava tal situação para alavancar negociações diplomáticas subsequentes.
Agora, analistas de inteligência dos EUA se dividem sobre se Kim Jong-un segue ou não a mesma estratégia. "É um pouco como o 'façam suas apostas' do momento", disse o funcionário, sob anonimato.
Essa fonte disse que a ideia de incluir um bombardeio simulado no exercício anual conjunto dos EUA e Coreia do Sul, chamado "Filhote de Águia", surgiu de discussões que abrangeram vários setores do governo norte-americano, a respeito de como sinalizar a Seul e Tóquio de que Washington os apoiariam em caso de crise.
Está menos claro se Washington informou de antemão isso à China, país vizinho e aliado da Coreia do Norte.
O plano foi aprovado pela Casa Branca e coordenado com a Coreia do Sul e Japão, segundo a fonte.
O B-2, que tem autonomia para voos longos - o recorde é de 44 horas - precisou de aproximadamente 37,5 horas no ar para ir da Base Aérea de Whiteman, no Missouri, até a Coreia, e então voltar, segundo fontes da Força Aérea.
Num momento em que a Coreia do Norte ameaça bombardear o território continental dos EUA e também bases norte-americanas em Guam e no Havaí, o voo parecia servir para demonstrar como os EUA teriam facilidade em reagir a uma agressão norte-coreana.
Bem menos claro está se a Coreia do Norte, que acumula sucessos e fracassos em seus testes de mísseis, teria como cumprir suas ameaças contra os EUA.
A fonte oficial dos EUA disse que, após a conclusão dos exercícios, o governo Obama espera se voltar para uma abordagem diplomática à Coreia do Norte, na esperança de que haja reciprocidade.
O secretário norte-americano de Estado, John Kerry, deve viajar em cerca de duas semanas ao Leste da Ásia, e outros funcionários graduados dos EUA devem se dirigir à região na sequência.
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