Pular para o conteúdo principal

Papa Francisco destaca Oriente Médio em homilia


Celebração no Coliseu tem como tema sofrimento da região, castigada pela guerra



O papa Francisco resumiu numa palavra, a Cruz, a homilia de seis minutos com que encerrou, nesta sexta-feira no Coliseu, em Roma, a celebração da Via-Sacra, cujo tema foi o sofrimento do povo no Oriente Médio, por causa da violência da guerra e do terrorismo. Milhares de pessoas, que começaram a chegar ao local ao meio-dia, acompanharam a cerimônia à luz de velas. A celebração da Via-Sacra no Coliseu foi instituída por Paulo VI em 1964.




"Nesta noite não quero falar muitas palavras, mas só uma, a Cruz, com que Deus respondeu aos males do mundo", disse Francisco. Ele acrescentou que "Deus nos julga amando-nos", depois de observar que, às vezes, Deus parece ficar em silêncio e não responde ao mal. O papa fez um apelo aos cristãos para que todos respondam ao mal com o bem.



Francisco agradeceu o testemunho de um grupo de jovens libaneses que escreveram o texto da meditação da Via-Sacra sobre a situação de dor e sofrimento nos países do Oriente Médio. Disse que não só os cristãos, mas também os muçulmanos desejam a paz, como Bento XVI constatou em sua viagem ao Líbano, a última de seu pontificado, no ano passado.



A celebração da Via-Sacra se iniciou às 21h19 (17h19 no Brasil) e durou pouco mais de uma hora. Francisco conversou sorridente com as pessoas que o receberam, mas acompanhou a cerimônia de olhos cerrados, num palanque armado no Palatino, em frente ao Coliseu.



Jovens libaneses, clérigos chineses e uma mulher numa cadeira de rodas revezaram-se carregando uma cruz de madeira nas 14 estações da Via-Sacra. O vigário da Diocese de Roma, cardeal Agostino Vallini, que carregou a cruz na primeira estação, foi quem a entregou ao papa na 14ª e última estação. Francisco encerrou a cerimônia, após a homilia, com a concessão da Bênção Apostólica.



Em outra cerimônia da Sexta-Feira Santa, a celebração da Paixão do Senhor, iniciada às 17 horas (13 horas no Brasil), na Basílica de São Pedro, o papa ouviu um sermão do pregador da Casa Pontifícia, frei Riniero Cantamessa, após a leitura do Evangelho de São João sobre a condenação, crucificação e morte de Jesus. Na hora da Adoração da Cruz, um dos momentos marcantes da cerimônia, que não é uma missa, Francisco deitou-se no chão, enquanto todos se ajoelhavam em silêncio.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estim...
Lula se frustra com mobilização em seu apoio após os primeiros dias na cadeia O ex-presidente acreditou que faria do local de sua prisão um espaço de resistência política Compartilhar Assine já! SEM JOGO DUPLO Um Lula 3 teria problemas com a direita e com a esquerda (Foto: Nelson Almeida/Afp) O ex-presidente  Lula  pode não estar deprimido, mas está frustrado. Em vários momentos, antes da prisão, ele disse a interlocutores que faria de seu confinamento um espaço de resistência política. Imaginou romarias de políticos nacionais e internacionais, ex-presidentes e ex-primeiros-ministros, representantes de entidades de Direitos Humanos e representantes de movimentos sociais. Agora, sua esperança é ser transferido para São Paulo, onde estão a maioria de seus filhos e as sedes de entidades como a CUT e o MTST.